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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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ETF de energia nuclear vira aposta da vez — e pode ser a nova fronteira dos investimentos limpos

Se você acompanha as mudanças do mercado global de energia, já percebeu que estamos vivendo uma virada histórica. A demanda elétrica disparou por causa de carros elétricos, data centers, IA e tecnologias intensivas em energia.

Nesse cenário, um novo tipo de investimento começou a chamar atenção: os ETFs de energia nuclear.

Eles ainda são novidade para muitos brasileiros, mas já despontam como uma forma de surfar a tendência global de energia limpa — com exposição ao dólar e potencial de valorização no longo prazo.

A seguir, você vai entender por que esses ETFs estão ganhando destaque, como funcionam e se fazem sentido para sua carteira.

Por que a energia nuclear voltou ao centro das atenções?

A energia nuclear, por muitos anos cercada de controvérsias, voltou ao debate como uma alternativa limpa, estável e eficiente.

Diferentemente do Brasil, vários países não têm espaço ou condições para apostar em grandes projetos eólicos ou hidrelétricos.

E, segundo especialistas como Danilo Moreno, da Investo, a procura por eletricidade só tende a crescer:

  • Carros elétricos exigem mais energia
  • Data centers consomem volumes gigantescos
  • Inteligência artificial demanda operações contínuas
  • Países buscam fontes limpas para cumprir metas ambientais

Nesse contexto, o nuclear deixa de ser tabu e passa a ser considerado uma solução real — e isso abre espaço para novos investimentos.

O que é um ETF de energia nuclear?

Um ETF (Exchange Traded Fund) é como um “condomínio” de investidores que compram, juntos, uma cesta de ativos negociada na Bolsa.

No caso dos ETFs nucleares, o foco está em empresas ligadas a:

  • Energia nuclear
  • Produção e mineração de urânio
  • Tecnologia e equipamentos associados

Eles replicam índices internacionais e permitem que o investidor acesse setores que, sozinho, dificilmente conseguiria investir.

O NUCL11: o ETF nuclear brasileiro

Lançado em maio, o NUCL11, da Investo, surgiu como o primeiro ETF brasileiro voltado para este setor. Ele segue o MVIS Global Uranium & Nuclear Energy Index, formado por 27 empresas globais espalhadas por países como:

  • Estados Unidos
  • China
  • Austrália
  • Canadá
  • Cazaquistão
  • Finlândia, entre outros

O desempenho também tem chamado a atenção: o ETF acumula alta de 37,97% no ano, até 30 de novembro.

Para investidores que aceitam algum nível de volatilidade, o produto pode ser um caminho interessante para capturar a tendência internacional da energia nuclear — além de garantir exposição ao dólar, algo valorizado por muitos estrategistas.

Vale a pena para quem pensa em médio e longo prazo?

Moreno aponta que os vetores de demanda energética continuam fortes, o que mantém o tema no radar de grandes investidores globais.
Ele destaca que os ETFs nucleares não são para quem olha apenas movimentos de curtíssimo prazo, já que oscilações podem ocorrer — como se viu em novembro.

Mas para quem pensa em horizonte estendido, a tese pode ser promissora:

  • Energia nuclear está em expansão global
  • O setor ganha força com IA e eletrificação
  • ETFs oferecem diversificação e acesso ao dólar
  • O tema está alinhado com metas de sustentabilidade

Em outras palavras: ainda há espaço para crescimento.

Por que ETFs têm vantagens tributárias importantes?

Muita gente tem migrado para ETFs também por questões tributárias e de liquidez. Eles contam com benefícios que os fundos tradicionais não oferecem.

Liquidez

  • ETFs de renda fixa: liquidez D+1
  • ETFs de ações: liquidez D+2
  • Fundos tradicionais podem ter D+10, D+15 ou até D+30, o que limita resgates rápidos.

Sem come-cotas

Os ETFs não sofrem a cobrança semestral de IR conhecida como come-cotas, que reduz o rendimento antes mesmo de o investidor resgatar.

Nesse caso, o imposto só é cobrado no momento do resgate, o que permite maior acúmulo de patrimônio.

Isenção de IOF

ETFs não pagam IOF para resgates feitos em até 30 dias — algo que ocorre em fundos tradicionais.

Isso faz com que ETFs como o LFTS11, que investe em Tesouro Selic, sejam opções muito eficientes para deixar o dinheiro rendendo por algumas semanas.

Alíquotas

  • Geralmente, o IR nos ETFs é fixo em 15%, independentemente do prazo.
  • Em fundos comuns, a alíquota começa em 22,5% e só cai para 15% após dois anos.
  • Em alguns ETFs pós-fixados, a alíquota pode ser 25%, mas ainda assim tende a ser competitiva pela ausência de IOF e pela liquidez superior.

Se você quer acompanhar mais análises, tendências e oportunidades de investimento, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é um ETF de energia nuclear?

É um fundo negociado em Bolsa que investe em empresas ligadas à cadeia da energia nuclear e do urânio.

O NUCL11 é um bom investimento?

Para perfis que aceitam risco, ele pode ser interessante para médio e longo prazo, pois acompanha uma tendência global e oferece exposição ao dólar.

ETFs pagam come-cotas?

Não. O imposto só é cobrado no resgate, o que favorece o rendimento ao longo do tempo.

ETFs têm IOF?

Não. Eles são isentos de IOF, ao contrário dos fundos tradicionais de curto prazo.

Qual a liquidez dos ETFs?

Renda fixa: D+1.
Ações: D+2.
É mais rápido do que muitos fundos tradicionais.

Energia nuclear é considerada limpa?

Sim. Ela é uma fonte de baixa emissão e é vista como alternativa para atender à crescente demanda energética mundial.

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