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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Coreia endurece regras após ataque hacker gigante e prepara choque nas exchanges de criptomoedas

A Coreia do Sul está prestes a mudar completamente a forma como as exchanges de criptomoedas operam no país. O ataque milionário sofrido pela Upbit despertou um alerta máximo entre os reguladores, que agora defendem uma postura muito mais rígida diante de falhas de segurança e prejuízos causados aos usuários.

Esse movimento marca um ponto de virada no mercado, indicando que o governo não está mais disposto a aceitar brechas, atrasos nas notificações ou estruturas frágeis em empresas que lidam com bilhões de dólares em ativos digitais.

O que motivou o governo a apertar as regras agora?

Depois do ataque hacker que atingiu a Upbit, a maior exchange do país, as autoridades perceberam que a regulamentação atual não era suficiente para proteger os usuários. Em apenas 54 minutos, criminosos digitais desviaram mais de US$ 30,1 milhões, escancarando fragilidades operacionais e de segurança.

O episódio fez a Comissão de Serviços Financeiros considerar uma mudança drástica: obrigar as exchanges a indenizar usuários por perdas, mesmo quando a culpa não for diretamente da empresa.

A Upbit demorou para avisar sobre o ataque?

Sim — e isso intensificou ainda mais a pressão do governo.
A empresa só notificou o regulador mais de seis horas após detectar a invasão, o que levantou suspeitas sobre possível retenção de informações até que uma fusão estratégica com a Naver Financial fosse concluída.

Essa demora foi decisiva para que a supervisão financeira defendesse regras mais firmes.

As exchanges vão virar “quase bancos”?

Na prática, sim. A proposta é que corretoras de criptomoedas sigam padrões semelhantes aos aplicados às instituições financeiras tradicionais. Isso significa:

  • Reforço obrigatório de segurança de TI
  • Equipes especializadas em cibersegurança
  • Protocolos de resposta rápida
  • Penalidades mais duras em caso de incidentes
  • Padrões elevados de conformidade e proteção ao consumidor

O recado do governo é claro: se lidam com grandes volumes financeiros, precisam operar com a mesma robustez que um banco.

Quantos ataques já aconteceram na Coreia do Sul?

Os números mostram que o problema é recorrente.
Segundo o Serviço de Supervisão Financeira, as cinco maiores exchanges — Upbit, Bithumb, Coinone, Korbit e Gopax — registraram 20 falhas de sistema desde 2023, afetando mais de 900 usuários e gerando prejuízos superiores a 5 bilhões de won (aproximadamente US$ 3,4 milhões).

A Upbit lidera isolada: seis incidentes e perdas de cerca de US$ 2 milhões.

Por que a regulação está se tornando tão rígida?

O mercado cripto sul-coreano cresce em ritmo acelerado, e os reguladores veem a necessidade de um novo patamar de responsabilidade.
Como afirmou o governador do FSS, Lee Chan-jin, o ataque “não pode ser ignorado”, mas as regras atuais limitam qualquer punição.

A nova regulamentação representa uma mudança de paradigma: as exchanges deixam de ser vistas como startups inovadoras e passam a ser tratadas como instituições financeiras completas.

Conclusão: o mercado cripto sul-coreano está prestes a mudar

Se as novas regras forem confirmadas, as exchanges do país entrarão em uma nova era — mais rígida, mais cara, mas também mais segura para o consumidor. O ataque à Upbit pode ter sido o gatilho para uma das maiores reformas já vistas no setor.

Se quiser acompanhar outras análises sobre criptomoedas, tecnologia e mercado financeiro, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que levou a Coreia do Sul a reforçar a regulação?

O ataque hacker que desviou mais de US$ 30 milhões da Upbit revelou falhas graves de segurança e motivou o governo a agir.

As exchanges serão obrigadas a indenizar clientes?

Sim. A proposta prevê compensação mesmo quando a exchange não for diretamente responsável pelo incidente.

As novas regras deixam as exchanges parecidas com bancos?

Sim. Elas terão que seguir padrões de segurança e compliance semelhantes aos das instituições financeiras tradicionais.

Quantos incidentes já ocorreram no país?

Foram 20 falhas registradas desde 2023, atingindo centenas de usuários e gerando milhões em prejuízos.

A Upbit foi criticada pela demora na comunicação?

Sim. A empresa só avisou o regulador horas depois da invasão, ampliando as suspeitas sobre o caso.

A medida pode influenciar a regulação global?

Pode. A Coreia do Sul costuma ser referência em inovação e pode ditar tendências para outros mercados.

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