O IRB (Re) (IRBR3) ganhou um novo selo de confiança no mercado: o JP Morgan elevou a recomendação da companhia de venda para compra, destacando um cenário atraente de reprecificação, melhora operacional e pagamento crescente de dividendos nos próximos anos.
O banco também elevou o preço-alvo para 2026 de R$ 54 para R$ 64, um potencial de valorização de aproximadamente 33%.
O movimento acontece mesmo com as ações subindo apenas 13% em 2025, desempenho abaixo do Ibovespa e do MSCI Financials Brasil. Para os analistas, isso mostra que o mercado ainda não precificou totalmente o novo ciclo esperado para o IRB.
Por que o JP Morgan ficou tão otimista com o IRB (Re)?
O banco destaca que, mesmo sem forte crescimento dos prêmios emitidos, os acionistas devem ser amplamente recompensados graças à combinação de fatores que fortalecem a geração de caixa. Entre os principais pontos, estão:
- RoTE acima de 20%, garantindo capital orgânico excedente
- Necessidade baixa de capital adicional caso o portfólio não cresça
- Maior lucro caixa distribuível, impulsionado pelo uso de créditos tributários
- Índice de solvência acima de 260% projetado para o fim de 2025
Com isso, o payout pode avançar de forma consistente: 50% do lucro em 2026, 75% em 2027 e 90% em 2028 — o que levaria a dividend yields estimados de 8%, 13% e 18% respectivamente.
O que pesou contra o IRB em 2025?
Os prêmios emitidos caíram 10% no ano, principalmente pela perda de prioridade em segmentos como vida e aviação.
Porém, ao retirar o ramo de vida da conta, a queda seria de apenas 2%, o que mostra que o recuo foi concentrado em poucos nichos.
A expectativa do JP Morgan é de que, a partir do primeiro trimestre de 2026, o crescimento volte ao campo positivo graças à base mais fraca de comparação. O banco estima alta de 5% nos prêmios em 2026.
Há riscos no radar?
Sim — e o próprio JP Morgan destaca dois:
- Um agronegócio brasileiro mais fraco, que pode reduzir demanda
- Um possível afrouxamento no mercado global de resseguros, pressionando preços e margens
Mesmo assim, o banco vê 2026 como um ano de avanços regulatórios positivos. O principal deles é a reforma do IVA, que elimina o imposto sobre receita de resseguro, potencialmente aumentando o lucro por ação em 10% a 20% a partir de 2027.
A tese depende dos juros?
Segundo os analistas, bem menos do que antes.
Embora o resultado financeiro ainda represente cerca de 90% do lucro antes de impostos em 2026, o portfólio local rendeu 12,2% em 2025, e a expectativa é que a Selic média não fique muito abaixo disso no próximo ano.
Em outras palavras, mesmo sem cortes agressivos de juros, a estrutura do IRB já favorece geração de valor consistente.
Conclusão: por que o IRB (IRBR3) virou o “queridinho” do momento?
O IRB chega a 2026 com uma tese mais madura, fundamentos melhorando, capacidade crescente de pagar dividendos e espaço claro para reprecificação.
Para o JP Morgan, essa combinação transforma a empresa no nome preferido entre as resseguradoras brasileiras.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que o JP Morgan elevou a recomendação do IRB?
Porque vê espaço para reprecificação, melhora operacional e aumento forte nos dividendos até 2028.
Quanto o IRB pode subir segundo o banco?
O preço-alvo para 2026 é de R$ 64, sugerindo potencial de valorização de cerca de 33%.
Os dividendos devem crescer mesmo sem aumento dos prêmios?
Sim. O banco projeta forte geração de caixa e índice de solvência elevado, permitindo payouts maiores.
Qual é o maior risco para o IRB em 2026?
Um agronegócio mais fraco e possível afrouxamento do mercado de resseguros.
A reforma do IVA ajuda o IRB?
Sim. A eliminação do imposto sobre receita de resseguro pode elevar o lucro por ação em até 20% a partir de 2027.
O IRB depende da Selic para performar bem?
Em parte, mas menos do que antes. O portfólio já tem rendimento robusto e a tese é mais ligada aos fundamentos do negócio.









