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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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As ações que podem brilhar em 2026 — e as que devem ficar fora do radar, segundo o JPMorgan

O JPMorgan divulgou seu grande panorama para 2026 e colocou o Brasil entre os mercados emergentes com melhor potencial de retorno, chegando a projetar o Ibovespa em 190 mil pontos no cenário-base.

A visão é positiva — mas com um alerta: 2026 será um ano de eleições presidenciais e de cortes de juros ao mesmo tempo, algo inédito no país. Para o banco, esse cenário torna o mercado volátil, imprevisível e altamente sensível a qualquer surpresa política.

Segundo os estrategistas, dois fatores podem gerar retornos “desproporcionalmente altos”:

1. Corte de juros já no primeiro trimestre de 2026
Com as taxas reais mais altas do mundo, o banco prevê que o ciclo de afrouxamento começa entre janeiro e março, com reduções de 0,50 p.p. por reunião — somando 3,5 a 4 pontos percentuais no ano. Isso seria um enorme impulso para ações sensíveis a crédito e consumo.

2. Eleições presidenciais de 2026
O JP afirma que a disputa deve ganhar força a partir de abril e que o resultado será binário e apertado, podendo levar o mercado:

  • ao otimista: Ibovespa em 230 mil pontos
  • ao pessimista: 120 mil pontos

Para o banco, o potencial de alta é maior do que o de queda — mas a volatilidade será intensa.

O que pode mexer com a Bolsa em 2026?

O JPMorgan reforça que:

  • o cenário é mais doméstico que global,
  • o crescimento desacelera,
  • a inflação e expectativas caem,
  • e o quadro fiscal será crucial para sustentar a confiança.

Mesmo moderado em relação às apostas do mercado sobre juros, o banco aponta que a combinação “juros menores + eleições” deve ditar praticamente todo o comportamento da Bolsa.

As ações preferidas do JPMorgan para 2026

O banco foca em empresas sensíveis aos cortes de juros e em setores com forte poder de reavaliação.

Entre todas, um destaque absoluto:

⭐ Nubank (ROXO34)

Considerada a melhor escolha do banco.
Preço-alvo: US$ 18

Motivos:

  • ROE acima de 70% no Brasil
  • forte expansão de produtos
  • capital excedente de US$ 1,8 bi
  • maior ação do MSCI Brasil, devendo atrair fluxo passivo e ativo
  • escala e alavancagem operacional crescentes

Outras preferidas do JPMorgan

SLC Agrícola (SLCE3) — Neutral — R$ 19,00
Embraer (EMBR3) — Overweight — US$ 80,00
Cemex LatAm — Overweight — US$ 10,50
Cyrela (CYRE3) — Overweight — R$ 40,00
Yduqs (YDUQ3) — Overweight — R$ 22,00
B3 (B3SA3) — Neutral — R$ 15,00
Arca Continental — Overweight — 210 pesos
Hypera (HYPE3) — Overweight — R$ 32,00
Vale (VALE3) — Overweight — US$ 15,50
Petrobras (PETR3) — Overweight — US$ 16,50
Suzano (SUZB3) — Overweight — R$ 83,50
Allos (ALOS3) — Overweight — R$ 33,00
Fibra Uno — Overweight — 33 pesos
Tiendas 3B — Overweight — US$ 39,00
Millicom — Overweight — US$ 63,00
Localiza (RENT3) — Overweight — R$ 59,00
Sabesp (SBSP3) — Overweight — R$ 160,00

O banco destaca que empresas ligadas a consumo discricionário e setor financeiro devem ser as maiores beneficiadas pelo corte de juros.

As ações “menos preferidas” — para ficar fora do radar

Neste grupo, o destaque negativo é:

❌ CSN Mineração (CMIN3) — Underweight

Segundo o JP, o minério de ferro não deve se beneficiar em 2026 e há alternativas mais líquidas e baratas no setor.

Outras ações com recomendação negativa

Adecoagro — UW — US$ 7,00
Tupy (TUPY3) — UW — R$ 16,00
Cem. Pacasmayo — UW — US$ 7,50
Anima (ANIM3) — Neutral — R$ 5,00
Santander Chile — Neutral — US$ 30
BB Seguridade (BBSE3) — UW — R$ 34,00
Ambev (ABEV3) — Neutral — R$ 15,00
Fleury (FLRY3) — Neutral — R$ 15,00
Orbia — Neutral — US$ 18,50
Copec — Neutral — 6.500 pesos
Log CP (LOGG3) — UW — R$ 28,00
Magazine Luiza (MGLU3) — UW — R$ 6,50
Sonda — Neutral — 340 pesos
Azul (AZUL4) — Neutral
Cemig (CMIG4) — UW — R$ 12,00

Para o banco, essas companhias enfrentam desafios de crescimento, baixa atratividade setorial ou concorrência mais forte.

Conclusão: 2026 promete ser o ano dos cortes de juros — e da volatilidade

O JPMorgan acredita que 2026 será um dos anos mais imprevisíveis da década, mas com potencial relevante de valorização para ações bem posicionadas.
Empresas expostas ao ciclo de crédito, como bancos, varejo e consumo, podem se beneficiar de maneira intensa — enquanto setores ligados a commodities, como mineração, devem enfrentar obstáculos.

Para acompanhar recomendações, análises e estratégias do mercado, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que o JPMorgan está otimista com o Brasil em 2026?

Por causa do provável ciclo de cortes de juros e do potencial de reprecificação dos ativos brasileiros.

Qual ação é a principal escolha do banco?

O Nubank (ROXO34), considerado o maior destaque entre todas as recomendações.

Por que a CSN Mineração é vista como menos atrativa?

Porque o minério de ferro não deve se beneficiar em 2026 e há alternativas mais líquidas no mercado.

O Ibovespa pode chegar a quanto em 2026?

Entre 120 mil e 230 mil pontos, dependendo da combinação juros + eleições.

Quais setores devem se beneficiar com juros menores?

Principalmente financeiro e consumo discricionário.

O que pesa contra o mercado em 2026?

A volatilidade eleitoral e o ritmo do corte de juros pelo Banco Central.

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