O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, seguindo a expectativa do mercado financeiro e marcando a quarta reunião consecutiva sem alteração no patamar dos juros.
A manutenção ocorreu em meio a um cenário de inflação em desaceleração e atividade econômica mais fraca, mas com o Banco Central reforçando postura cautelosa no comunicado oficial.
A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (10), e embora não tenha surpreendido os analistas, o destaque passou a ser o olhar do mercado para a próxima reunião do Copom em março de 2026, quando muitos investidores e especialistas esperam sinais mais claros sobre o início do ciclo de cortes nos juros.
A decisão do Copom e o cenário atual
Por unanimidade, o Copom optou por manter a Selic em 15% ao ano, o maior nível desde julho de 2006. A manutenção representa a resposta do Banco Central a um ambiente econômico marcado por inflação ainda acima da meta, embora com tendência de queda, e um mercado de trabalho que se mantém relativamente resiliente.
No comunicado oficial, a autoridade monetária repetiu a estratégia de manter os juros elevados por um período prolongado, considerado necessário para assegurar a convergência das expectativas de inflação para o centro da meta estabelecida.
Embora não tenha dado pistas claras sobre quando iniciará o ciclo de corte, o Copom deixou aberta a possibilidade de ajustes futuros, dependendo dos dados econômicos que serão observados nos próximos meses.
Por que a manutenção era esperada?
As expectativas do mercado financeiro estavam praticamente unânimes em relação à manutenção da Selic em 15%, segundo relatórios recentes do Boletim Focus e pesquisas com economistas.
Analistas projetam que o Banco Central só deve iniciar a redução da taxa no primeiro trimestre de 2026, possivelmente em março, depois de observar mais evidências de convergência da inflação à meta.
O Copom tem repetido que seguirá vigilante e atento aos dados econômicos antes de qualquer mudança na política monetária. Isso reforça uma postura cautelosa, em que a prioridade é assegurar que a inflação continue recuando de forma sustentável.
Impactos da Selic em 15% para a economia
Manter a Selic em um patamar elevado influencia diferentes segmentos da economia:
- Consumo e crédito: Juros altos tendem a conter a demanda por crédito e reduzir o consumo, o que ajuda no controle da inflação.
- Investimentos em renda fixa: Taxas altas tornam investimentos atrelados à Selic mais atrativos, beneficiando investidores de renda fixa.
- Custo do crédito para empresas e famílias: Juros elevados mantêm o custo de empréstimos mais caro, o que pode desacelerar novos investimentos e compras financiadas.
A manutenção dos juros em 15%, considerada rígida por padrão histórico, reflete a prioridade do Banco Central em consolidar a trajetória de inflação descendente antes de iniciar qualquer ciclo de redução.
Expectativas para 2026
A grande questão agora está centrada na próxima reunião do Copom em março de 2026. O mercado financeiro monitora indicadores como inflação, atividade econômica e expectativas de consumo para antecipar quando a autoridade monetária começará a reduzir os juros. A maioria dos economistas projeta que essa será a sessão decisiva para o início do corte da Selic.
Enquanto isso, o Banco Central segue atento às flutuações nos preços ao consumidor e às expectativas econômicas, deixando claro que ajustes futuros dependerão dos dados observados no horizonte relevante.
Conclusão
O Copom manteve a taxa Selic em 15% ao ano em sua quarta reunião consecutiva, reafirmando uma postura cautelosa diante do cenário econômico. Com a inflação ainda acima da meta e desafios no ambiente macroeconômico, o Banco Central optou por estabilidade, enquanto o mercado volta as atenções para a reunião de março de 2026, quando pode começar o ciclo de cortes nos juros.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
O que aconteceu com a Selic na reunião do Copom?
O Copom manteve a taxa Selic em 15% ao ano, marcando a quarta reunião consecutiva sem alteração na taxa básica de juros.
Por que o Banco Central manteve os juros?
A manutenção ocorreu porque o Banco Central busca garantir a convergência da inflação à meta e adotou postura cautelosa diante das incertezas econômicas.
Quando o Copom deve começar a cortar os juros?
O mercado projeta que o início do ciclo de cortes pode ocorrer em março de 2026, dependendo dos dados econômicos futuros.
Como a Selic afeta o crédito e o consumo?
Juros mais altos tendem a reduzir a demanda por crédito e o consumo, ajudando no controle da inflação, mas tornando empréstimos mais caros.
O que os analistas esperam para 2026?
Especialistas esperam que o Copom use as reuniões do próximo ano para avaliar sinais mais claros de inflação e dados econômicos antes de iniciar cortes na Selic.









