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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Tarcísio ameaça intervir na Enel após novo apagão em SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, elevou o tom contra a Enel (ENBR3) após mais um apagão provocado por ventos fortes atingir a região metropolitana. Segundo ele, a atuação da concessionária no restabelecimento da energia é “absolutamente insuficiente”, e a normalização completa do serviço pode levar dias, repetindo um cenário que já se tornou frequente em 2025.

A declaração foi feita durante um evento de entrega de moradias em Carapicuíba, onde o governador afirmou que as áreas atendidas pela Enel concentraram os maiores atrasos. Diante da recorrência dos problemas, Tarcísio disse que avalia uma intervenção como alternativa para forçar investimentos e mudanças estruturais na rede elétrica.

Por que Tarcísio fala em intervenção na Enel?

De acordo com o governador, a concessionária apresenta menor velocidade de resposta do que outras empresas do setor em situações de eventos climáticos extremos. Relatórios técnicos e ofícios já foram enviados à Aneel, responsável pela fiscalização do contrato, cobrando providências mais duras.

A discussão ganhou força após a área técnica do TCU recomendar que a Aneel produza estudos sobre riscos, impactos e consequências de uma eventual intervenção na empresa — medida considerada extrema, mas cada vez mais citada diante da repetição dos apagões.

O problema é pontual ou recorrente?

Longe de ser um episódio isolado, os apagões se repetiram ao longo de 2025. Temporais em janeiro, fevereiro e março deixaram dezenas de milhares de imóveis sem energia, aumentando a pressão política e a insatisfação da população.

Segundo Tarcísio, o maior problema é a baixa previsibilidade na retomada do serviço. Em muitos casos, moradores ficam dias sem energia, o que afeta diretamente comércio, hospitais, transporte e a rotina das famílias.

O Estado pode intervir diretamente?

O governador ressaltou que o Estado não tem instrumentos regulatórios diretos para impor mudanças na concessão. Essa atribuição cabe exclusivamente à Aneel. Ainda assim, ele defende a intervenção como alternativa à caducidade do contrato, desde que seja financeiramente viável e focada na modernização da rede.

O contrato da Enel vence em 2028. A empresa tentou antecipar a renovação, mas o processo foi barrado pela Justiça paulista.

Enel responde com promessa de reconstrução da rede

Para justificar os apagões, a Enel (ENBR3) afirmou que os eventos climáticos causaram danos severos à infraestrutura, exigindo uma reconstrução completa da rede em algumas regiões. A explicação, no entanto, não convenceu o governo estadual nem os prefeitos mais afetados.

Prefeitura também reage e contesta dados da empresa

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também criticou duramente a concessionária. Ele afirmou que a falta de equipes tem dificultado tanto o restabelecimento da energia quanto a retirada de árvores caídas.

Segundo a prefeitura, a Enel informou ter 1,5 mil equipes em operação, mas dados do sistema SmartSampa indicaram menos de 40 veículos circulando em um único dia. Diante disso, o município notificou formalmente a Enel e a Aneel por meio da Procuradoria-Geral.

O que está em jogo agora?

Além da possível intervenção, Tarcísio voltou a criticar o modelo atual de concessão, defendendo a divisão do contrato em duas áreas menores para facilitar fiscalização e cobrança por resultados. Para ele, sem mudanças estruturais, os apagões tendem a se repetir a cada novo temporal.

Para acompanhar os desdobramentos desse embate que afeta milhões de paulistas, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que Tarcísio cogita intervir na Enel?

Porque considera a resposta da empresa lenta e insuficiente após apagões recorrentes.

O que causou o novo apagão em São Paulo?

Ventania forte associada a eventos climáticos extremos danificou a rede elétrica.

O governo estadual pode intervir diretamente?

Não. A competência é da Aneel, mas o Estado pressiona por medidas mais duras.

O contrato da Enel está perto do fim?

Sim. O contrato vence em 2028.

A prefeitura apoia a intervenção?

Sim. O prefeito Ricardo Nunes também defende ação mais firme contra a concessionária.

Os apagões devem continuar?

Segundo o governo, sem investimentos e mudanças, os problemas tendem a se repetir.

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