O Ibovespa pode atingir 186 mil pontos em 2026. Essa é a projeção do BB Investimentos, que mantém uma visão otimista para a Bolsa brasileira mesmo em um ano marcado por eleições, volatilidade e incertezas globais. Se o cenário se confirmar, o índice pode subir mais 16% em relação aos níveis atuais — e algumas ações podem disparar mais de 60%.
Mas afinal, o que sustenta esse otimismo e quais são os papéis que podem se destacar?
Por que o BB Investimentos acredita em mais alta da Bolsa?
Segundo os analistas, o principal fator é que as ações brasileiras ainda estão baratas, mesmo após a forte valorização recente. Os preços atuais não refletem totalmente os lucros projetados das empresas, criando um descompasso que pode ser corrigido ao longo de 2026.
Além disso, quando comparado a outros mercados emergentes e ao mercado americano, o Brasil segue negociando com múltiplos mais atrativos, o que aumenta o interesse de investidores globais.
Outro ponto central é o fluxo estrangeiro. Com a expectativa de queda dos juros nos Estados Unidos, cresce a migração de capital para mercados emergentes, favorecendo ativos brasileiros.
Investidor local ainda pode destravar nova pernada de alta?
Sim. O BB Investimentos destaca que o investidor doméstico ainda está pouco posicionado em renda variável. Caso esse público volte de forma mais consistente à Bolsa, isso pode funcionar como combustível adicional para o Ibovespa.
Esse movimento tende a ganhar força especialmente se o cenário de juros no Brasil se confirmar mais benigno.
Corte da Selic pode ser o grande catalisador
Outro fator-chave é o ciclo de afrouxamento monetário. A projeção é de que a Selic caia cerca de 3 pontos percentuais, chegando a 12%.
Historicamente, períodos de queda consistente dos juros:
- Reduzem a taxa de desconto das empresas
- Melhoram expectativas de crescimento
- Beneficiam setores cíclicos e de consumo
Nos últimos 25 anos, os melhores desempenhos da Bolsa estiveram ligados exatamente a esse tipo de ciclo.
Ações com maior potencial segundo o BB Investimentos
Na carteira recomendada, há papéis para diferentes perfis de risco. Alguns chamam atenção pelo potencial elevado de valorização.
Assaí (ASAI3) pode subir mais de 60%
O destaque absoluto é o Assaí (ASAI3). Segundo o BB, a empresa está focada em reduzir endividamento, o que melhora a percepção de risco e abre espaço para reprecificação do papel.
A companhia reduziu o ritmo de expansão e reafirmou a meta de alcançar uma relação dívida líquida/EBITDA mais saudável, movimento visto como positivo pelo mercado.
Tenda (TEND3) se beneficia do Minha Casa, Minha Vida
Outro nome com forte potencial é a Tenda (TEND3). Com a renovação do orçamento do FGTS para habitação em 2026 e condições favoráveis do Minha Casa, Minha Vida, o BB projeta um novo ano forte para o setor.
A empresa vem mostrando recuperação operacional consistente, melhora de margens e maior equilíbrio financeiro.
Outros papéis recomendados para 2026
A seleção do BB Investimentos também inclui nomes mais defensivos e consolidados, como:
- Vale (VALE3)
- Itaú Unibanco (ITUB4)
- Gerdau (GGBR4)
- Nubank (ROXO34)
Além de empresas dos setores de energia, saúde, indústria e consumo, formando uma carteira diversificada para diferentes cenários.
O que o investidor deve observar agora?
O cenário base é positivo, mas exige atenção a:
- Política monetária no Brasil e nos EUA
- Fluxo estrangeiro
- Ambiente eleitoral em 2026
- Resultados corporativos
Quem se posicionar com estratégia pode capturar boa parte desse movimento.
Para acompanhar análises, recomendações e cenários da Bolsa brasileira, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
O Ibovespa pode mesmo chegar a 186 mil pontos?
Segundo o BB Investimentos, sim, caso os principais catalisadores se confirmem.
Qual ação tem maior potencial de alta?
O Assaí (ASAI3) aparece com potencial acima de 60%.
A queda da Selic é tão importante assim?
Sim. Historicamente, ciclos de juros em queda impulsionam a Bolsa.
Investidor pessoa física ainda pode entrar?
Segundo o BB, o investidor local ainda está pouco posicionado.
O cenário eleitoral atrapalha?
Pode gerar volatilidade, mas não anula o potencial estrutural apontado.
A carteira é para curto ou longo prazo?
O foco é 2026, com visão de médio prazo.









