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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Bolsa entrou em bull market e ignorou más notícias

A bolsa brasileira mudou de patamar. Segundo análise do Santander (SANB11), o mercado acionário do Brasil entrou claramente em um bull market, aquele período em que o otimismo domina e as quedas passam a ser vistas como oportunidade — não como ameaça.

O principal sinal dessa virada? Nem más notícias estão derrubando a Bolsa como antes. Pelo contrário: qualquer correção tem sido curta e rapidamente absorvida pelos compradores.

Por que o Santander diz que o bull market já começou?

De acordo com a estrategista Aline Cardoso, um dos sinais mais confiáveis de um bull market verdadeiro é quando eventos negativos geram apenas ajustes leves, seguidos de rápida recuperação.

Foi exatamente isso que aconteceu após o forte estresse do início de dezembro. Mesmo depois de um dia turbulento, o Ibovespa recuperou cerca de metade das perdas em pouco tempo, mostrando que há dinheiro esperando qualquer fraqueza para entrar.

Em mercados de alta, o foco deixa de ser o ruído e passa a ser o potencial de longo prazo.

O que aconteceu no dia da forte queda?

No início de dezembro, o Ibovespa chegou a superar os 165 mil pontos pela primeira vez na história, mas virou forte e fechou abaixo dos 158 mil.

O gatilho foi político. O anúncio da candidatura presidencial de Flávio Bolsonaro para 2026 elevou a incerteza e provocou realização de lucros. Ainda assim, o comportamento posterior chamou atenção: o mercado não desabou.

Esse tipo de reação reforça a tese de que o sentimento mudou.

Investidores estão ignorando manchetes negativas?

Sim — e isso é típico de bull market. Segundo o Santander, em ambientes otimistas, o investidor olha além das notícias ruins, o que limita quedas e sustenta a busca por risco.

Mesmo com incertezas macroeconômicas ainda no radar, o fluxo comprador segue ativo, principalmente quando os preços cedem.

Rotação global favorece o Brasil?

Outro ponto importante é o movimento global de rotação setorial. Nos Estados Unidos, investidores vêm reduzindo exposição a ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial e migrando para setores mais tradicionais e de valor.

Esse movimento ganhou força após alertas sobre excesso de otimismo no setor de IA, especialmente depois de resultados fracos de grandes empresas do segmento.

Nesse cenário, o Brasil surge como ativo de valor dentro dos mercados emergentes, o que tende a atrair capital estrangeiro.

Política monetária ajudou o clima melhorar?

Sim, tanto lá fora quanto aqui.

Nos EUA, o Federal Reserve fez mais um corte de juros e, apesar de um discurso menos agressivo, deixou claro que novos cortes em 2026 ainda estão no radar. Isso foi suficiente para aliviar o mercado.

No Brasil, o Banco Central manteve a Selic em 15%, como esperado, mas suavizou o tom. A leitura do mercado foi de que o debate agora não é mais “se”, e sim “quando” os juros começam a cair.

Esse ambiente favorece ativos de risco, como ações.

Dólar, Fed e emergentes no radar

Outro fator relevante foi a decisão do Fed de retomar compras de títulos de curto prazo, medida que tende a aumentar a liquidez global.

Historicamente, esse tipo de movimento enfraquece o dólar e incentiva a busca por ativos de maior risco, incluindo ações de mercados emergentes — onde o Brasil costuma se destacar.

Com valuations ainda considerados baratos e posicionamento leve dos investidores, o cenário cria um combo positivo para a Bolsa brasileira.

O que isso muda para o investidor?

Em bull markets, o maior erro costuma ser esperar demais. O mercado não avisa quando vai subir — ele simplesmente sobe.

Isso não significa comprar qualquer ação a qualquer preço, mas entender que correções tendem a ser oportunidades, não sinais de pânico.

Para acompanhar análises claras, entender os movimentos do mercado e tomar decisões mais conscientes, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é bull market?

É um período prolongado de alta nos mercados, marcado por otimismo e maior apetite por risco.

Por que correções leves indicam bull market?

Porque mostram que há compradores esperando quedas para entrar rapidamente.

O Brasil realmente se beneficia da rotação global?

Sim. Em momentos de saída de tecnologia cara nos EUA, mercados emergentes ganham espaço.

Juros altos no Brasil atrapalham a Bolsa?

Menos do que antes. O mercado já começa a olhar para o futuro e possíveis cortes.

Ainda faz sentido investir em ações agora?

Depende da estratégia, mas o cenário atual favorece ativos de risco bem selecionados.

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