Investidores buscam praticidade, regulação e exposição segura ao mercado cripto.
Os ETFs de criptomoedas vêm se consolidando como uma das formas mais práticas e seguras de investir em ativos digitais. Em vez de comprar diretamente moedas como Bitcoin ou Ethereum, o investidor pode acessar esses ativos por meio da bolsa de valores tradicional — como a B3, no Brasil — com menos burocracia e mais regulação.
Segundo dados da Bloomberg, os ETFs cripto movimentaram mais de US$ 50 bilhões no primeiro semestre de 2024, impulsionados pela aprovação dos fundos de Ethereum nos Estados Unidos. No Brasil, opções como HASH11 e QBTC11 ganharam tração por replicarem índices globais e oferecerem exposição diversificada ao mercado cripto.
A regulamentação é um dos grandes atrativos. Conforme reportagem do Valor Investe, esses fundos são fiscalizados por órgãos como a CVM, no Brasil, e a SEC, nos Estados Unidos, o que aumenta a segurança jurídica e a confiança de investidores institucionais. Além disso, eliminam a necessidade de carteiras digitais e chaves privadas, reduzindo o risco operacional.
O crescimento dos ETFs sinaliza uma maturação do mercado de criptoativos. “É uma ponte entre o universo cripto e o investidor tradicional. O cliente quer exposição ao Bitcoin, mas com a mesma experiência de comprar ações da Vale ou da Petrobras”, explicou Lucas Amaral, estrategista de ativos digitais do BTG Pactual, em entrevista ao Estadão.
Apesar disso, a volatilidade continua sendo um fator de atenção. Mesmo com o formato institucional, os ETFs seguem atrelados à dinâmica intensa do mercado de criptoativos. Por isso, especialistas sugerem que o investimento seja feito com moderação e dentro de uma estratégia de diversificação.
Com a combinação entre segurança regulatória, facilidade de acesso e crescimento do interesse global, os ETFs de criptomoedas devem continuar ganhando espaço entre investidores brasileiros — especialmente os que desejam exposição ao setor, mas com menos riscos operacionais.