O Brasil está prestes a viver uma virada estrutural na infraestrutura. Segundo o Ministério dos Transportes, o país deve contratar entre R$ 700 bilhões e R$ 800 bilhões em investimentos em rodovias e ferrovias ao longo dos próximos 10 anos. O objetivo é ambicioso: chegar a 70 projetos de concessão e colocar o Brasil entre os maiores programas de infraestrutura do mundo.
A estratégia já começou a sair do papel — e 2026 será um ano decisivo.
Quantos projetos estão no radar e por que isso importa?
Hoje, o país tinha pouco mais de duas dezenas de concessões. O plano é dobrar esse número rapidamente, ampliando contratos de rodovias e somando grandes projetos ferroviários.
Na prática, isso significa mais obras, mais leilões e mais capital privado entrando no setor. O impacto vai além do asfalto e dos trilhos: logística mais eficiente reduz custos, melhora a competitividade e mexe diretamente com inflação e crescimento econômico.
Por que o mercado voltou a confiar nos leilões?
Um dos principais entraves do passado era a insegurança jurídica. Cada edital tinha regras diferentes, matrizes de risco confusas e cláusulas pouco padronizadas — o que afastava investidores.
Agora, o governo afirma ter feito o dever de casa: contratos padronizados, matriz de risco clara, e divisão mais objetiva entre riscos do governo e das concessionárias.
Esse ajuste explica por que o país já realizou 23 leilões e deve somar mais 10 a 12 até o fim de 2026.
O papel da ANTT vai mudar?
Sim — e esse ponto é crucial. Com mais concessões, cresce a necessidade de fiscalização eficiente. O plano inclui reforçar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), direcionando recursos da taxa de fiscalização diretamente para a agência.
A lógica é simples: não basta vender bem o projeto, é preciso garantir um pós-venda forte, com acompanhamento, fiscalização e correções rápidas quando necessário.
Quais leilões vêm primeiro em 2026?
O calendário para 2026 já começa a ganhar forma, com projetos estratégicos:
Rota das Gerais, conectando Minas Gerais à BR-116
Otimização da Régis Bittencourt, entre São Paulo e Paraná
Corredor Agro Norte, focado no escoamento da produção agrícola
Ferrogrão, uma das maiores apostas logísticas do país
A Ferrogrão, por exemplo, terá cerca de 933 km, ligando Mato Grosso ao Pará, com capacidade para transportar até 52 milhões de toneladas por ano. O investimento estimado é de R$ 25 bilhões, com potencial de gerar economia logística anual de quase R$ 8 bilhões.
Por que isso muda o jogo da economia?
Infraestrutura não é só obra — é produtividade. Rodovias e ferrovias mais eficientes reduzem custos de transporte, melhoram margens do agronegócio, destravam exportações e atraem investimento externo.
Além disso, concessões bem modeladas aliviam o caixa público e aceleram projetos que demorariam décadas para sair apenas com recursos do Estado.
Aqui no Brasilvest, acompanhamos esse movimento porque ele impacta diretamente crescimento, inflação, empresas e investimentos no Brasil.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Quanto o Brasil pretende investir em infraestrutura?
Entre R$ 700 bilhões e R$ 800 bilhões em 10 anos, segundo o Ministério dos Transportes.
Quantos projetos estão previstos?
A meta é chegar a cerca de 70 concessões entre rodovias e ferrovias.
Quando os próximos leilões acontecem?
A maior concentração está prevista para 2026, com dezenas de certames.
O que é a Ferrogrão?
Uma ferrovia de 933 km que ligará Mato Grosso ao Pará para escoar grãos.
Por que fortalecer a ANTT é importante?
Mais concessões exigem fiscalização forte para garantir qualidade e cumprimento dos contratos.









