O custo das dívidas das famílias brasileiras atingiu o maior nível da história, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O número escancara uma realidade dura: manter crédito virou um peso cada vez maior no orçamento, mesmo para quem está empregado.

De acordo com a CNN Brasil, o comprometimento da renda com juros, parcelas e financiamentos segue em trajetória de alta. O cenário reflete juros elevados, inflação persistente e renda que não acompanha o custo de vida.

Por que o custo das dívidas disparou?

Antes de tudo, o principal fator é a taxa de juros elevada por um longo período. Mesmo com sinais recentes de alívio, o impacto acumulado segue pressionando famílias.

Além disso, o uso intenso de cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal ampliou o endividamento. Essas modalidades possuem juros altos e efeito rápido no orçamento.

Portanto, a combinação de crédito caro e renda apertada criou um cenário explosivo.

O que dizem os dados do Banco Central?

Segundo o Banco Central, o custo médio das dívidas das famílias chegou a um patamar recorde, superando níveis observados em anos anteriores, inclusive antes da pandemia.

Na prática, isso significa que uma fatia cada vez maior da renda mensal está comprometida apenas para pagar juros, e não para reduzir o saldo devedor.

Ou seja, o brasileiro trabalha mais para dever menos — e mesmo assim não consegue sair do aperto.

Cartão de crédito é o grande vilão

Entre todas as modalidades, o cartão de crédito segue como o maior problema. O rotativo continua com juros extremamente elevados, mesmo após tentativas de regulação.

Além disso, muitos consumidores parcelam faturas anteriores, criando um ciclo difícil de romper. Quando isso acontece, a dívida cresce rapidamente.

Portanto, o cartão deixou de ser conveniência e virou armadilha para milhões de famílias.

Impacto direto no consumo e na economia

Com mais renda comprometida, sobra menos dinheiro para consumo. Isso afeta desde compras básicas até serviços essenciais.

Além disso, o endividamento elevado reduz a capacidade de reação das famílias diante de imprevistos, como desemprego ou problemas de saúde.

Ou seja, o impacto não é apenas individual. Ele atinge a economia como um todo.

Por que mesmo quem está empregado sofre?

Um ponto alarmante é que o problema não atinge apenas desempregados. Mesmo famílias com renda estável sentem o peso das dívidas.

O aumento do custo de vida, aliado ao crédito caro, faz com que o salário perca força mês após mês. Assim, o orçamento fica cada vez mais apertado.

Portanto, emprego não garante tranquilidade financeira.

O que pode acontecer nos próximos meses?

Especialistas avaliam que uma queda mais consistente dos juros poderia aliviar o cenário. No entanto, esse processo tende a ser lento.

Enquanto isso, o risco de inadimplência permanece elevado. Famílias seguem renegociando dívidas, atrasando contas e buscando crédito para pagar crédito.

Assim, o alerta permanece ligado.

Conclusão: dívida virou parte da rotina

O recorde no custo das dívidas mostra que o endividamento deixou de ser exceção. Ele virou parte do cotidiano de milhões de brasileiros.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

O que significa custo das dívidas das famílias?

É a parcela da renda usada apenas para pagar juros e encargos de empréstimos e financiamentos.

Por que esse custo bateu recorde?

Por causa dos juros elevados e do uso intenso de crédito caro.

Cartão de crédito é o maior problema?

Sim. Especialmente o rotativo e o parcelamento da fatura.

Quem está empregado também sofre?

Sim. O custo de vida e os juros pressionam mesmo quem tem renda fixa.

O cenário pode melhorar?

Pode, se os juros caírem de forma consistente, mas não no curto prazo.