Depois de um longo período de juros sufocantes, 2026 promete virar o jogo para o investidor brasileiro. As projeções indicam que a Selic pode cair até 300 pontos-base até o fim do próximo ano, saindo da casa dos 15% para algo próximo de 12%. E quem esperar o corte acontecer para agir pode perder as melhores oportunidades.
O consenso do mercado é claro: o movimento mais importante acontece antes, na curva de juros.
Quando a Selic deve começar a cair?
As principais casas de análise projetam que o Banco Central do Brasil inicie o ciclo de cortes no primeiro trimestre de 2026. A expectativa ganha força com a possibilidade de afrouxamento monetário também nos EUA, conduzido pelo Federal Reserve.
Essa combinação costuma ser explosiva — no bom sentido — para ativos de risco, sem eliminar a atratividade da renda fixa.
Ainda vale investir em renda fixa com a Selic caindo?
Sim. E talvez mais do que muita gente imagina.
Mesmo com cortes, a Selic deve terminar 2026 em patamar ainda elevado, perto de 12%. Segundo a XP Research, títulos pós-fixados atrelados ao CDI continuam interessantes para quem busca rentabilidade com liquidez.
Mas o grande destaque está em outra frente.
Prefixados e IPCA+ já estão no radar
O mercado não olha para o juro atual, e sim para onde ele vai chegar. A curva longa já começou a fechar, o que favorece:
- Títulos prefixados, que se valorizam com a queda dos juros
- Títulos IPCA+ longos, ideais para proteção contra inflação
A inflação esperada para 2026 gira em torno de 4,1% a 4,2%, segundo BTG Pactual e XP, o que mantém esses papéis atrativos.
Ações: quem ganha com a queda dos juros?
A Bolsa brasileira já mostrou força em 2025, mas o principal gatilho para 2026 é o juro menor. Historicamente, ciclos de corte de juros favorecem ações, especialmente empresas com:
- Balanços sólidos
- Previsibilidade de caixa
- Capacidade de repasse de custos
Setores preferidos pelos analistas
As casas de análise destacam:
- Energia e Saneamento, pela estabilidade de receitas
- Aluguel de veículos, como Localiza, beneficiada por menor custo de financiamento
- Empresas com forte momentum de lucros, como Priner
A estratégia é clara: crescimento com previsibilidade, não apostas especulativas.
Fundos imobiliários voltam ao jogo?
Sim, e com força. A queda dos juros tende a destravar valor nos fundos imobiliários, especialmente:
- Fundos de Fundos (FOFs), mais sensíveis ao fechamento da curva
- Fundos de recebíveis (CRIs) com risco baixo a moderado, para perfis conservadores
Além da renda mensal, o investidor pode capturar ganho de capital com a reprecificação dos ativos.
O que pode atrapalhar esse cenário?
Dois riscos seguem no radar:
Gastos do governo
O mercado acompanha de perto a trajetória fiscal. Caso haja piora nas contas públicas, os cortes da Selic podem ser menores do que o esperado.
Eleições de 2026
A partir do segundo trimestre, a definição das candidaturas presidenciais deve elevar a volatilidade. Nesse cenário, a palavra-chave é diversificação.
Estratégia vencedora para 2026
O investidor que se prepara agora tende a sair na frente. O foco deve estar em:
- Antecipar o ciclo de queda
- Combinar renda fixa e ativos de risco
- Evitar concentração excessiva
- Manter proteção contra inflação
Conclusão: o relógio já está correndo
A Selic vai cair, mas o mercado não espera o corte para reagir. Quem entende a dinâmica da curva de juros e se posiciona com antecedência aumenta muito suas chances de retorno em 2026.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
A Selic realmente deve cair em 2026?
O consenso do mercado aponta cortes de até 300 pontos-base.
Ainda vale renda fixa com juros caindo?
Sim, especialmente CDI+, prefixados e IPCA+ longos.
Ações se beneficiam da queda dos juros?
Historicamente, sim, principalmente empresas com caixa previsível.
Fundos imobiliários voltam a ser atrativos?
Sim, com potencial de renda e ganho de capital.









