Enquanto Europa e Estados Unidos enfrentam incertezas econômicas, juros altos e tensões geopolíticas, a Ásia deve nadar contra a corrente em 2026. A avaliação é de um economista da Mastercard, em análise publicada pelo InfoMoney.
Segundo o especialista, mesmo com problemas globais persistentes, os motores internos da economia asiática seguem fortes, sustentando crescimento acima da média mundial. Para investidores e empresas, o recado é claro: ignorar a Ásia pode custar caro.
Por que a Ásia deve crescer mesmo com o mundo em crise?
A explicação passa por fatores estruturais. Diferente de economias maduras, muitos países asiáticos ainda estão em fase de expansão do consumo, urbanização e digitalização.
Entre os principais motores estão:
- Crescimento da classe média
- Consumo doméstico resiliente
- Avanço tecnológico acelerado
- Cadeias produtivas cada vez mais regionais
Ou seja, a Ásia depende menos do humor do Ocidente do que no passado.
Consumo interno vira escudo econômico
Um dos pontos centrais destacados pela Mastercard é o peso do consumo interno. Em países como Índia, Indonésia, Vietnã e até China, o mercado doméstico sustenta a atividade econômica.
Mesmo com exportações pressionadas, o gasto das famílias continua crescendo, impulsionado por:
- Aumento de renda
- Digitalização dos pagamentos
- Inclusão financeira
Isso cria um colchão importante contra choques externos.
China desacelera, mas não trava a região
Apesar das dificuldades da China — como crise imobiliária e menor crescimento —, o impacto regional é mais limitado do que antes.
Outras economias asiáticas ganharam protagonismo. Índia e Sudeste Asiático, por exemplo, absorvem investimentos, fábricas e consumo que antes dependiam quase exclusivamente da China.
Portanto, a Ásia hoje é mais diversificada e menos dependente de um único país.
Tecnologia e pagamentos digitais impulsionam crescimento
A Mastercard destaca que a infraestrutura digital é outro diferencial asiático. Pagamentos digitais, e-commerce e serviços financeiros avançaram rapidamente.
Isso aumenta eficiência, reduz informalidade e estimula o consumo. Em muitos países, o celular virou o principal banco da população.
Esse avanço tecnológico cria ganhos de produtividade difíceis de replicar em economias mais engessadas.
Juros e política monetária ajudam
Outro ponto favorável é a política monetária. Diferente de EUA e Europa, vários países asiáticos têm mais espaço para estimular a economia, seja com juros mais baixos ou políticas fiscais direcionadas.
Isso dá flexibilidade para reagir a choques globais, algo que economias altamente endividadas não conseguem fazer com facilidade.
O que isso significa para investidores globais?
Para investidores, o cenário é claro:
- Crescimento econômico mais forte
- Expansão do consumo
- Oportunidades em tecnologia, serviços e infraestrutura
Portanto, a Ásia tende a ganhar peso em portfólios globais em 2026. Ignorar a região pode significar perder uma das poucas histórias de crescimento consistente do mundo.
Riscos existem — mas o saldo é positivo
É importante destacar: riscos permanecem. Tensões geopolíticas, desaceleração global e instabilidade política podem afetar o ritmo.
No entanto, segundo a análise, o saldo ainda é positivo. A Ásia entra em 2026 mais preparada do que outras regiões.
Crescimento onde o mundo não cresce
Enquanto o Ocidente luta para evitar estagnação, a Ásia se posiciona como motor do crescimento global. Não por acaso, empresas multinacionais e investidores já ajustam estratégias.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
A Ásia vai crescer em 2026?
Sim. A expectativa é de crescimento acima da média global.
A crise global não afeta a região?
Afeta, mas menos do que em Europa e EUA.
Quais países puxam esse crescimento?
Índia, Sudeste Asiático e economias emergentes da região.
A China ainda é importante?
Sim, mas a Ásia hoje é mais diversificada.
Investidores devem olhar para a Ásia?
Sim. A região tende a ganhar protagonismo em 2026.









