O CEO da Petz (PETZ3), Sergio Zimerman, saiu em defesa da fusão com a Cobasi e foi direto ao ponto: os preços tendem a cair, não a subir. Após mais de um ano de análises, a combinação dos negócios recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ainda que com algumas condições. Segundo o executivo, as exigências impostas não comprometem a lógica da operação.
Mesmo sem uma aprovação totalmente livre de restrições, Zimerman afirma que a empresa está confortável com os chamados “remédios” aplicados pelo órgão antitruste e reforça que não existe risco concorrencial relevante no setor pet.
O que o Cade exigiu para aprovar a fusão?
O acordo firmado com o Cade prevê a venda de 26 lojas no estado de São Paulo, que representaram cerca de 3,3% do faturamento da companhia combinada nos últimos 12 meses. Para o CEO, essa foi a medida mais significativa entre as exigências.
Além da venda das unidades, o acordo inclui cláusulas de caráter comportamental, voltadas a garantir um ambiente competitivo saudável, especialmente para quem adquirir essas lojas.
Por que a Petz nega risco de aumento de preços?
Zimerman afirma que o mercado pet está longe de ser concentrado. Segundo ele, marketplaces e redes regionais já exercem forte pressão competitiva, o que impede qualquer tentativa de repasse excessivo de preços ao consumidor.
Na visão do executivo, a tese de que a fusão resultaria em aumentos de até 15% nos preços não se sustenta. Pelo contrário: a união das empresas busca ganho de escala, eficiência operacional e redução de custos, o que tende a beneficiar o consumidor final.
A fusão vai esmagar concorrentes menores?
Essa é outra crítica que o CEO rejeita. Ele destaca que, mesmo após a fusão, a participação de mercado da companhia combinada gira em torno de 10%, um número que, segundo ele, está longe de caracterizar domínio do setor.
Zimerman reconhece que haverá mais pressão competitiva, mas ressalta que isso faz parte da dinâmica natural do mercado e não representa eliminação de concorrentes menores.
Qual o papel dos marketplaces nesse cenário?
Nos últimos dois anos, o setor pet passou a enfrentar concorrência ainda mais intensa de grandes plataformas digitais. Empresas como marketplaces globais e redes regionais ampliaram a disputa por preço, prazo e conveniência.
Segundo o CEO, a fusão é uma resposta estratégica a esse novo ambiente, permitindo que a empresa combinada reduza custos e se mantenha competitiva frente a gigantes do comércio eletrônico.
Quando a fusão será concluída?
A conclusão da operação está prevista para 2 de janeiro de 2026. A partir dessa data, a Petz passará a ser uma subsidiária integral da Cobasi, com unificação das bases acionárias.
Após a finalização do processo, as ações da Petz deixarão de ser negociadas na B3. As novas ações da Cobasi, com novo ticker ainda a ser divulgado, devem começar a ser negociadas a partir de 5 de janeiro de 2026.
O que esperar do primeiro ano da nova empresa?
Zimerman afirma que 2026 será um ano de adaptação intensa, com foco em alinhamento operacional, integração de equipes e organização da nova estrutura. Apesar do objetivo de capturar sinergias, alguns custos podem até subir no curto prazo.
Segundo ele, o processo completo de integração deve estar maduro apenas em meados de 2027.
O cenário econômico influencia a fusão?
O CEO avalia que o ambiente macroeconômico não interfere diretamente na fusão, mas impacta o desempenho do varejo como um todo. Mesmo com a Selic elevada, Zimerman demonstra otimismo para 2026, citando estímulos ao consumo e expectativa de início do ciclo de queda dos juros.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
A fusão entre Petz e Cobasi vai aumentar preços?
Segundo o CEO, não. A expectativa é de redução de custos e mais competitividade.
O Cade impôs restrições pesadas à operação?
A principal exigência foi a venda de 26 lojas em São Paulo, além de medidas comportamentais.
A empresa combinada terá domínio do mercado pet?
Não. A participação estimada é de cerca de 10%, segundo a Petz.
Quando as ações da Petz deixam a B3?
Após a conclusão da fusão, prevista para janeiro de 2026.
O novo ticker da Cobasi já foi divulgado?
Ainda não. A empresa informará o novo código antes do início das negociações.









