O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu bancar um curso de inteligência artificial para magistrados na Itália, ao custo de R$ 518 mil, segundo revelou o InfoMoney. A decisão acendeu um alerta imediato sobre prioridades, gastos públicos e transparência, especialmente em um cenário de restrições orçamentárias e cobrança por eficiência no Judiciário.
O ponto central da controvérsia não é a IA em si — mas o valor, o local e o timing do gasto.
O que exatamente o TJ-RJ está financiando?
O TJ-RJ aprovou o custeio de:
- Curso de inteligência artificial aplicado ao Judiciário
- Realizado na Itália
- Voltado a magistrados da Corte
O pacote inclui despesas como:
- Inscrição
- Passagens
- Hospedagem
- Custos operacionais
O valor total chega a R$ 518 mil, pagos com recursos públicos.
Por que o curso gerou tanta repercussão?
A repercussão negativa veio rápido porque:
- O custo é elevado
- O curso acontece fora do Brasil
- Há alternativas online e nacionais
- O Judiciário enfrenta críticas por lentidão e gastos
Em resumo, a sociedade questiona se esse é o melhor uso do dinheiro público agora.
Inteligência artificial no Judiciário é necessária?
Sim. A IA já é usada para:
- Triagem de processos
- Análise de precedentes
- Automatização de tarefas repetitivas
- Aumento de produtividade
Portanto, capacitação não é o problema. A discussão está no formato e no custo da iniciativa.
Por que na Itália?
O tribunal argumenta que o curso oferece:
- Conteúdo especializado
- Experiência internacional
- Troca com instituições estrangeiras
No entanto, críticos apontam que:
- O Brasil já possui centros de excelência em IA
- Universidades e escolas judiciais oferecem cursos similares
- A modalidade online reduziria drasticamente os custos
Ou seja, o destino pesa tanto quanto o conteúdo.
O impacto político do gasto
Em ano eleitoral e com pressão sobre o orçamento público, gastos desse tipo:
- Viram munição política
- Aumentam desgaste institucional
- Alimentam a narrativa de privilégios
Mesmo que legal, o custo político é alto.
O que diz o TJ-RJ?
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afirma que:
- O curso visa modernizar o Judiciário
- A capacitação trará ganhos de eficiência
- A iniciativa está dentro das regras
Ainda assim, o debate público permanece.
O problema não é a tecnologia — é a prioridade
A crítica central resume-se a uma pergunta simples:
Esse gasto gera retorno proporcional ao custo?
Em um Judiciário cobrado por:
- Celeridade
- Redução de custos
- Digitalização eficiente
Decisões simbólicas pesam mais do que nunca.
Transparência vira palavra-chave
Casos como esse reforçam a necessidade de:
- Explicitar critérios de escolha
- Comparar custos
- Mostrar resultados esperados
Sem isso, a confiança pública se desgasta.
IA no Judiciário exige estratégia, não vitrine
A modernização do Judiciário é inevitável. Porém, tecnologia sem planejamento vira vitrine cara.
O debate não é contra a IA. É sobre como, onde e quanto gastar.
Quer continuar acompanhando bastidores do poder, gastos públicos e decisões que afetam seu bolso? Continue lendo o Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQ
Quanto custou o curso de IA do TJ-RJ?
R$ 518 mil.
Onde o curso acontece?
Na Itália.
Quem participa?
Magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
IA é importante para o Judiciário?
Sim, mas o debate é sobre custo e prioridade.
O gasto é legal?
Segundo o TJ-RJ, sim. A polêmica é política e social.








