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segunda-feira, setembro 29, 2025
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Por que o ouro volta a brilhar em tempos de crise econômica

Metal precioso é visto como porto seguro por investidores em períodos de instabilidade e juros baixos.

Em meio a turbulências econômicas, guerras e incertezas nos mercados financeiros, o ouro costuma reassumir o protagonismo nos investimentos. Considerado um dos ativos mais antigos da história da humanidade, o metal precioso volta a ser valorizado sempre que o mundo atravessa momentos de volatilidade — e 2024 não é diferente.

Segundo a Bloomberg, os contratos futuros de ouro bateram recordes em março, superando os US$ 2.200 por onça-troy, puxados pela tensão geopolítica entre Ucrânia e Rússia, somada ao enfraquecimento do dólar e à expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. Investidores institucionais e bancos centrais, como o da China, têm ampliado suas reservas do metal como forma de proteção.

O ouro é considerado um hedge natural contra a inflação e a desvalorização de moedas fiduciárias. Quando os bancos centrais emitem mais dinheiro para estimular a economia, o valor real dessas moedas tende a cair. Nesse cenário, o ouro preserva poder de compra, funcionando como reserva de valor — o que explica sua popularidade em momentos de crise monetária.

Além disso, o metal não paga dividendos nem juros, mas essa característica se torna menos desvantajosa quando os rendimentos dos títulos públicos recuam, como acontece nos ciclos de queda da taxa Selic ou dos Treasuries americanos. Em outras palavras, quando os juros caem, o ouro sobe. Essa correlação histórica tem sido confirmada por analistas do Valor Econômico e do BTG Pactual em suas projeções mais recentes.

No Brasil, há diferentes formas de investir em ouro: desde barras físicas negociadas via corretoras credenciadas até fundos de investimento e ETFs como o GOLD11, listado na B3. Estes últimos têm ganhado adesão de investidores que buscam praticidade, segurança e diversificação com exposição ao metal.

Com a possibilidade de novas tensões geopolíticas e incertezas sobre o futuro dos juros globais, o ouro segue no radar como uma alternativa defensiva para proteger patrimônios — e pode brilhar ainda mais se a instabilidade econômica continuar em alta.

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