Ferramenta criada pelo Banco Central cresce em pagamentos de pequeno valor e amplia inclusão financeira
O Pix consolidou-se como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil em 2025, respondendo por mais de 40% de todas as transações financeiras realizadas no país, segundo relatório do Banco Central citado pelo Estadão. O crescimento da ferramenta, criada em 2020, vem transformando os hábitos de consumo e acelerando a digitalização do sistema financeiro.
De acordo com a Bloomberg, foram registradas mais de 8 bilhões de transações via Pix apenas no primeiro trimestre do ano, superando com folga o volume de operações com cartões de débito e crédito. O destaque é a expansão entre pequenos comércios e trabalhadores autônomos, que passaram a adotar o sistema como alternativa barata e rápida em relação às maquininhas de cartão.
O Pix também tem sido fundamental para ampliar a inclusão financeira. Reportagem do G1 ressaltou que milhões de brasileiros que não possuíam conta bancária formal passaram a movimentar recursos por meio do sistema, usando carteiras digitais e aplicativos de bancos. Para muitos, foi o primeiro contato com serviços financeiros estruturados.
Outro lado
No entanto, o avanço traz desafios. O aumento de fraudes digitais e golpes relacionados ao Pix levou o Banco Central a implementar medidas adicionais de segurança, como limites para transferências noturnas e mecanismos de bloqueio temporário em casos suspeitos. Ainda assim, especialistas afirmam que os benefícios superam os riscos.
O próximo passo deve ser a ampliação de funcionalidades, como o Pix Parcelado e o Pix Internacional, atualmente em fase de testes. A expectativa do BC é que o sistema também seja utilizado em transferências entre países, reforçando o papel do Brasil como referência em inovação financeira.