Dependência de gás natural e custos elevados desafiam governos a equilibrar política climática e estabilidade econômica.
Mesmo após os choques de 2022 e 2023, a Europa continua enfrentando dilemas energéticos em 2025. O fechamento de usinas a carvão e a dependência de gás importado aumentaram a vulnerabilidade da região, especialmente diante de invernos rigorosos e volatilidade no preço do petróleo.
Segundo a Reuters, o custo da energia para indústrias intensivas em consumo, como siderurgia e química, permanece acima da média histórica, prejudicando a competitividade europeia frente aos Estados Unidos e à Ásia. Isso tem levado empresas a considerar migração de plantas produtivas para fora do continente.
A Bloomberg lembra que a transição energética exige investimentos massivos em renováveis e infraestrutura de armazenamento, mas muitos países enfrentam limitações fiscais. O dilema é acelerar a transição sem elevar tarifas ao consumidor nem perder base industrial.
O Estadão destacou que governos discutem ampliar subsídios para energia solar e eólica, além de parcerias em hidrogênio verde. Porém, especialistas alertam que os projetos ainda estão em fase inicial e não resolvem a dependência imediata de combustíveis fósseis.
Para analistas, a Europa vive um paradoxo: lidera o discurso climático global, mas ainda depende fortemente de importações de energia. O desafio será conciliar metas ambientais com a urgência de garantir segurança no abastecimento e preços competitivos para sua indústria.