Restrição a exportações e subsídios bilionários acirram rivalidade e impactam cadeias globais de produção.
A disputa entre Estados Unidos e China deixou de ser apenas comercial e entrou de vez no campo tecnológico. Segundo a Bloomberg, Washington ampliou restrições à exportação de chips avançados e equipamentos de litografia, enquanto Pequim respondeu com subsídios bilionários para acelerar sua indústria doméstica de semicondutores.
De acordo com a Reuters, a guerra tecnológica já afeta cadeias globais de produção, especialmente em setores de ponta como inteligência artificial, computação em nuvem e veículos autônomos. Empresas multinacionais enfrentam dilemas de abastecimento e precisam redesenhar cadeias para reduzir dependência da Ásia.
O Valor Econômico lembra que Taiwan continua sendo peça-chave, concentrando a produção mundial de chips avançados. Qualquer tensão no estreito impacta diretamente mercados financeiros, elevando a percepção de risco geopolítico.
Analistas destacam que a disputa tecnológica não se restringe à economia: envolve também segurança nacional e influência global. A corrida por liderança em IA, por exemplo, é vista como determinante para o poder militar e estratégico das próximas décadas.
Para investidores, o cenário abre oportunidades em empresas que diversificam cadeias e em países que buscam atrair fábricas de semicondutores, como Índia e Vietnã. Mas a incerteza permanece: quanto mais a rivalidade se intensifica, maior o risco de fragmentação do comércio global.