A guerra entre Rússia e Ucrânia volta ao centro das atenções internacionais após uma nova rodada de conversas diplomáticas. Embora os Estados Unidos e a Ucrânia descrevam a fase atual como “construtiva”, especialistas reforçam que a paz continua distante porque Moscou não demonstra disposição suficiente para avançar. A informação foi destacada pelo InfoMoney, com base em reportes de autoridades envolvidas nas tratativas.
EUA e Ucrânia avançam em diálogo, mas dependem da Rússia
As reuniões entre representantes dos EUA e da Ucrânia, segundo diplomatas, têm caminhado com mais clareza. De acordo com o InfoMoney, os encontros recentes foram classificados como positivos, e Kiev reforçou que aceita negociar desde que qualquer acordo garanta segurança territorial e soberania.
Além disso, fontes ouvidas pela Reuters afirmam que Moscou ainda espera ver como esses pontos evoluem antes de sinalizar qualquer apoio mais firme.
Apesar do clima diplomático mais aberto, negociadores ressaltam que tudo depende da decisão russa — e esse é o ponto mais frágil do processo.
Rússia adota postura rígida e mantém exigências difíceis
Enquanto Kiev defende integridade territorial plena e proteção militar, o Kremlin segue exigindo concessões profundas, como neutralidade ucraniana e reconhecimento de áreas sob ocupação. O Financial Times reforça que a Rússia busca um acordo “em seus próprios termos”, o que reduz o espaço de avanço imediato.
Além disso, segundo a revista Veja, o Kremlin admitiu aceitar “alguns pontos”, mas rejeitou outros considerados essenciais pela Ucrânia, o que reforça o impasse.
Portanto, embora o diálogo exista, a disposição russa para uma paz real permanece limitada — e isso trava qualquer evolução concreta.
Por que a guerra pode continuar mesmo com conversas em andamento?
Especialistas alertam que negociações não significam proximidade da paz. O histórico recente — incluindo falhas de tratados como o Protocolo de Minsk — mostra que compromissos frágeis tendem a ruir rapidamente.
Enquanto isso, a Ucrânia insiste que não aceitará um acordo que sirva apenas para congelar a guerra, como destacou matéria da CNN Brasil. Kiev quer uma paz definitiva, e não uma pausa temporária.
No entanto, para chegar a esse ponto, seria necessário que a Rússia mudasse sua postura — algo que, até agora, autoridades e analistas não enxergam como provável.
Cenários possíveis para os próximos meses
Apesar dos obstáculos, diplomatas listam algumas possibilidades:
- Cessar-fogo limitado se a Rússia aceitar parte das condições americanas.
- Acordo parcial, restrito a corredores humanitários ou áreas específicas.
- Estagnação, com guerra prolongada e negociações lentas.
- Escalada, caso as conversas fracassem e tensões aumentem.
Nenhum desses cenários representa, por enquanto, uma paz definitiva.
Conclusão: a paz ainda depende de uma decisão que Moscou não tomou
Embora EUA e Ucrânia deem passos importantes, especialistas destacam que a chave do processo está nas mãos da Rússia. Sem um movimento concreto do Kremlin, a guerra continua — e cada nova rodada de negociações pode terminar apenas em promessas.
Por isso, o andamento diplomático seguirá no radar dos mercados e das potências internacionais. O Brasilvest continuará acompanhando cada avanço, cada impasse e cada sinal do Kremlin.
Perguntas Frequentes (FAQ)
A paz está próxima?
Não. Segundo negociações citadas pelo InfoMoney, a decisão depende da Rússia — que não demonstra flexibilidade suficiente.
O que a Ucrânia exige para um acordo?
Integridade territorial, segurança militar e garantias de soberania, conforme declarações de autoridades ucranianas.
Por que a Rússia não avança no acordo?
O Kremlin exige concessões que Kiev considera inaceitáveis, como reconhecimento de territórios ocupados.
Os EUA estão pressionando pela paz?
Sim. De acordo com a Reuters, Washington conduz reuniões e tenta aproximar posições, mas enfrenta resistência russa.
Existe chance de cessar-fogo?
Sim, porém limitada. Diplomatas falam em acordos parciais, não em paz ampla.
O conflito pode escalar?
Pode — especialmente se as conversas forem interrompidas ou se ambos os lados aumentarem exigências militares.









