A assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia foi adiada para janeiro, após um impasse interno dentro do bloco europeu. A decisão aumenta a incerteza, frustra expectativas do mercado e reforça o clima de desgaste após mais de 20 anos de negociações.
A informação foi divulgada pelo Money Times e mostra que, mesmo com avanços técnicos, a resistência política na Europa segue travando o acordo, considerado estratégico para o Brasil.
Por que a União Europeia travou o acordo?
Primeiro, o impasse ocorre porque nem todos os países da União Europeia concordam com os termos finais. Itália e França lideram as resistências, principalmente por pressão de produtores rurais e setores industriais locais.
Além disso, há preocupação com impactos ambientais, regras sanitárias e concorrência agrícola. Esses pontos viraram instrumentos políticos internos, usados por governos europeus para ganhar tempo.
Portanto, o atraso não é técnico. Ele é político.
O que muda com o adiamento para janeiro?
Na prática, nada avança até que haja consenso. O adiamento empurra decisões estratégicas para 2026 e mantém exportadores brasileiros presos a tarifas elevadas.
Enquanto isso, empresas seguem sem previsibilidade. Investimentos são postergados. Planejamentos de longo prazo ficam no limbo.
Ou seja, o custo do atraso já é real.
Por que esse acordo é tão importante para o Brasil?
O acordo Mercosul–União Europeia criaria uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, envolvendo mais de 700 milhões de pessoas.
Para o Brasil, os ganhos potenciais incluem:
- Aumento de exportações
- Redução de tarifas
- Mais competitividade industrial
- Geração de empregos
Além disso, o país reduziria a dependência de poucos parceiros comerciais.
Mercado reage com frustração e cautela
Investidores e empresários reagiram com decepção. Muitos já apostavam na assinatura ainda este ano, o que poderia destravar investimentos e melhorar expectativas econômicas.
Com o adiamento, o mercado volta ao modo defensivo. Cada novo atraso reduz a confiança de que o acordo sairá do papel no curto prazo.
Assim, o risco político cresce.
Questão ambiental segue como trava central
Apesar de avanços recentes do Brasil na agenda ambiental, o tema continua sendo usado como argumento por países europeus contrários ao acordo.
Mesmo compromissos adicionais não foram suficientes para destravar o consenso. Isso reforça a percepção de que o acordo virou refém da política interna europeia.
Ou seja, o Brasil avança, mas a Europa hesita.
O que pode acontecer em janeiro?
Especialistas avaliam três cenários:
- Assinatura com ajustes de última hora
- Novo adiamento por pressão política
- Reabertura de negociações específicas
Nenhum deles é garantido. O acordo segue vivo, mas fragilizado.
Conclusão: atraso custa caro ao Brasil
O novo adiamento do acordo Mercosul–UE mostra que o Brasil continua pagando o preço da lentidão diplomática europeia. Cada mês sem decisão significa menos crescimento, menos exportações e mais incerteza.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
Por que o acordo foi adiado novamente?
Por falta de consenso entre países da União Europeia.
O acordo foi cancelado?
Não. Ele foi adiado para janeiro.
Quais países travam o avanço?
Itália e França são os principais focos de resistência.
O Brasil perde com esse atraso?
Sim. Exportações e investimentos ficam comprometidos.
Janeiro garante a assinatura?
Não. Ainda há risco de novo adiamento.









