Você vai ler sobre Geraldo Alckmin e a preocupação dele com a taxa Selic. Ele diz que os juros altos são um problema e que reduzir os juros pode ajudar a indústria a vender produtos de maior valor. O texto também apresenta críticas ao Banco Central e medidas do governo para baratear o crédito e estimular a inovação.
Alckmin diz que nível da Selic é um problema e pede solução rápida
O vice‑presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça‑feira (18) que o atual patamar da taxa Selic configura um problema que precisa ser resolvido em breve. O comentário foi feito após participação em evento de uma montadora em São José dos Pinhais (PR) e durante a inauguração de uma ponte cuja obra começou no governo de Dilma Rousseff.
Principais pontos anunciados
- A Selic está em 15% ao ano, mantida pelo Copom no início do mês. (informações sobre Copom e taxa Selic)
- Segundo Alckmin, juros elevados encarecem o crédito e limitam a venda de bens de maior valor pela indústria, como caminhões.
- A equipe do governo trabalha para viabilizar juros mais baixos e busca alternativas para baratear o crédito e estimular investimentos.
Reação do mercado e indicadores
No mercado de renda fixa, os contratos DI reagiram com alta: o DI para janeiro de 2029 subiu para 12,940% e o DI para janeiro de 2031 passou para 13,270%. Os movimentos refletem ajustes em juros futuros e em expectativas de inflação. O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a orientação de juros significativamente contracionistas por tempo prolongado, diante da desancoragem das expectativas inflacionárias — impacto que costuma ser detalhado em análises sobre a atuação do Banco Central.
Argumentos apresentados por Alckmin
Alckmin lembrou que a elevação da Selic ocorreu para conter a inflação. Destacou dois fatores que, na avaliação do governo, ajudam a reduzir a pressão inflacionária: a queda do dólar (de cerca de R$ 6,30 para R$ 5,30) e a expectativa de uma safra recorde em 2025, o que deve reduzir preços de alimentos. Com isso, a inflação tende a recuar e favorecer reduções nos juros.
Além disso, sugeriu que o Banco Central avalie excluir preços de alimentos e energia do cálculo usado para decidir a taxa básica, argumentando que esses itens sofrem influências climáticas e geopolíticas que fogem ao alcance da política monetária — uma discussão que tem sido mencionada em análises sobre como o BC tem reagido à inflação.
Medidas de fomento à indústria
Para apoiar investimentos, o governo anunciou linhas de crédito para inovação na indústria com juros nominais de 4%, oferecidas pelo BNDES e pela Finep. O pacote previsto soma R$ 60 bilhões para os próximos quatro anos, segundo informações oficiais — um tipo de iniciativa que pode complementar movimentos nos mercados e nas expectativas econômicas descritas em relatórios como o expectativas para os mercados.
Conclusão
A Selic a 15% funciona como uma âncora que aumenta o custo do crédito; as medidas anunciadas tentam ajustar as velas para aproveitar um vento a favor. Juros altos comprimem vendas e investimento. Linhas de crédito a 4%, o pacote de R$ 60 bilhões e ações do BNDES e da Finep são tentativas concretas de aliviar esse peso e estimular a indústria e a inovação.
Ainda assim, a decisão final cabe ao Banco Central e ao comportamento dos indicadores de inflação. A queda do dólar e a expectativa de safra recorde são sinais positivos, mas os efeitos no dia a dia do consumidor podem demorar.
Perguntas Frequentes
A Selic vai cair em breve, como disse Alckmin?
Alckmin espera que sim, mas o Banco Central mantém a Selic em 15% por enquanto. A queda depende da evolução da inflação e das expectativas, acompanhadas periodicamente por publicações como o Boletim Focus.
Por que Alckmin acha que juros altos são um problema?
Juros elevados encarecem o crédito, reduzem a demanda por bens duráveis (como caminhões) e freiam investimento e crescimento — efeitos centrais à explicação do que é a taxa Selic sobre a economia.
O que ajuda a reduzir a inflação e, portanto, os juros?
Uma safra recorde e a queda do dólar tendem a reduzir preços de alimentos e insumos, aliviando pressões inflacionárias, conforme apontado em análises recentes sobre IPCA e indicadores do Copom.
O Banco Central vai excluir alimentos e energia do cálculo da inflação?
Foi uma sugestão apresentada por Alckmin, mas qualquer mudança metodológica é complexa e cabe ao Banco Central avali‑á‑la com base em seu mandato e em dados técnicos. Debates sobre a postura do BC e sua política monetária têm sido discutidos em comentários como o de analistas sobre o Banco Central.
Quando vou sentir juros menores no meu bolso?
Não é imediato. Mercados e contratos levam semanas ou meses para reagir. Linhas públicas com juros menores podem beneficiar empresas antes que os efeitos cheguem ao consumidor final; movimentos em títulos públicos e renda fixa mostram a velocidade com que as expectativas mudam, por exemplo em textos sobre juros e Tesouro Direto.









