O mercado de criptomoedas voltou a acender um sinal de alerta importante. Dados recentes indicam um desequilíbrio crescente entre oferta e demanda de Bitcoin e Ethereum, um padrão que, no passado, costuma anteceder correções relevantes de preço.
O problema central não é apenas técnico. É estrutural: o dinheiro novo parou de entrar. A liquidez disponível segue circulando dentro do próprio mercado, mas já não consegue absorver a oferta crescente — um cenário frágil que exige atenção redobrada de quem está exposto.
Por que a liquidez está secando agora?
Analistas apontam que o capital está estagnado. Sem entradas relevantes de novos investidores, qualquer recuperação tende a ser curta e vulnerável.
Historicamente, quando o mercado chega a esse ponto, o ajuste acontece via preço. Não por acaso, ciclos anteriores com dinâmica semelhante terminaram em quedas mais profundas, até que o equilíbrio fosse restabelecido.
Um padrão antigo voltou a aparecer?
Segundo análises da CryptoQuant, a capacidade de compra de Bitcoin e Ethereum está enfraquecendo. Isso cria um descompasso claro entre oferta e demanda.
Em ciclos passados, esse desequilíbrio só foi corrigido após recuos expressivos. O mesmo padrão já havia surgido quando o Bitcoin superou a região dos US$ 100 mil, e agora começa a se repetir.
A leitura dos especialistas é direta: a história pode não se repetir exatamente, mas costuma rimar.
O que os dados on-chain estão mostrando?
Informações da Glassnode reforçam o tom cauteloso. Aproximadamente 6,7 milhões de bitcoins estão atualmente em prejuízo, um dos maiores volumes do ciclo atual.
Isso aumenta a pressão vendedora, já que muitos investidores podem optar por sair caso o mercado não mostre reação consistente. O resultado é um ambiente sensível ao tempo, com alta oferta, realização crescente de perdas e demanda enfraquecida.
Onde estão os níveis críticos de preço?
Segundo a Glassnode, o mercado encontrou resistência forte acima de US$ 93 mil, região onde compradores anteriores ainda tentam sair no zero a zero.
Enquanto o preço não conseguir se sustentar acima da faixa dos US$ 95 mil e superar o custo médio dos investidores de curto prazo, próximo de US$ 101.500, qualquer tentativa de alta tende a ser limitada.
Por outro lado, investidores mais pacientes seguem defendendo a região próxima de US$ 81 mil, evitando uma queda mais agressiva — ao menos por enquanto.
Mercado travado até quando?
O comportamento atual sugere lateralização. A volatilidade está comprimida, o mercado de opções precifica risco de queda, mas sem pânico imediato, e os fluxos corporativos aparecem apenas de forma pontual.
Para romper esse impasse, só existem dois caminhos:
exaustão clara dos vendedores acima de US$ 95 mil ou
uma nova onda de liquidez capaz de absorver a oferta acumulada
Sem isso, o cenário segue instável.
O que isso significa para o investidor agora?
O momento exige gestão de risco, não euforia. O mercado cripto segue estruturalmente forte no longo prazo, mas no curto prazo a combinação de liquidez fraca + oferta elevada costuma cobrar seu preço.
Aqui no Brasilvest, o foco é sempre antecipar movimentos que podem impactar seu capital antes que eles fiquem óbvios demais.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
O que significa desequilíbrio entre oferta e demanda no cripto?
Significa que há mais ativos disponíveis para venda do que compradores com capital novo para absorvê-los.
Isso indica queda certa no preço?
Não é garantia, mas historicamente aumenta bastante a probabilidade de correções.
Por que tantos bitcoins estão em prejuízo?
Porque muitos investidores compraram em faixas mais altas e ainda não viram recuperação suficiente.
O mercado pode subir mesmo assim?
Pode, mas sem liquidez nova, altas tendem a ser curtas e frágeis.
Qual o principal risco agora?
Entrar sem gestão de risco em um mercado com estrutura enfraquecida.








