Os setores de atacado e serviços devem encerrar 2025 com crescimento moderado, porém cercados por desafios macroeconômicos relevantes. O desempenho positivo existe, mas ocorre em ritmo menor, pressionado por juros altos, crédito restrito e custos elevados.
A avaliação foi divulgada pela FecomercioSP, que aponta um cenário de resiliência com cautela. Ou seja, o setor cresce, mas longe de um ambiente confortável.
Crescimento existe, mas perdeu força ao longo do ano
Primeiramente, tanto o atacado quanto os serviços mantiveram trajetória positiva em 2025. No entanto, o ritmo desacelerou em relação a períodos anteriores.
O motivo é claro: o consumo segue pressionado. Famílias endividadas e empresas mais cautelosas reduziram decisões de compra e contratação.
Portanto, o crescimento veio mais da manutenção da atividade do que de expansão acelerada.
Serviços ainda sustentam a economia
O setor de serviços continua sendo o principal motor da economia brasileira. Mesmo em ambiente adverso, ele sustenta empregos e renda.
Segmentos ligados a:
- Saúde
- Educação
- Serviços prestados às empresas
- Tecnologia
seguem apresentando desempenho relativamente melhor.
Ainda assim, margens mais apertadas exigem eficiência máxima.
Atacado sente impacto direto do crédito caro
No atacado, o cenário é mais sensível. O setor depende fortemente de financiamento e giro de estoque.
Com juros elevados:
- O custo do capital aumenta
- Estoques ficam mais caros
- Margens são pressionadas
Assim, muitas empresas operam no limite da eficiência, priorizando caixa e controle rígido de custos.
Desafios macroeconômicos seguem no radar
Segundo a FecomercioSP, três fatores seguem como principais entraves:
- Juros elevados por mais tempo
- Crédito restrito
- Incertezas fiscais
Esses elementos reduzem previsibilidade e dificultam decisões de investimento.
Ou seja, o crescimento acontece apesar do cenário, não por causa dele.
Empresas adotam postura defensiva
Diante desse ambiente, empresas dos dois setores adotaram estratégias mais conservadoras.
Entre as principais medidas estão:
- Revisão de custos
- Renegociação com fornecedores
- Menor expansão física
- Foco em eficiência operacional
Crescer deixou de ser prioridade absoluta. Sobreviver bem virou o objetivo central.
Emprego resiste, mas com menor dinamismo
O mercado de trabalho nos serviços segue relativamente resiliente. No entanto, novas contratações ocorrem de forma mais seletiva.
Empresas evitam ampliar folha sem garantia de demanda futura. Assim, o emprego cresce, mas perde tração.
O que esperar para 2026?
A expectativa é de que o desempenho dependa diretamente do comportamento dos juros e do crédito.
Se houver alívio monetário, atacado e serviços podem ganhar fôlego. Caso contrário, o crescimento tende a seguir moderado e irregular.
Portanto, 2026 começa com cautela redobrada.
Conclusão: crescimento com freio puxado
O fechamento de 2025 mostra que atacado e serviços resistiram, mas sob forte pressão. O crescimento veio acompanhado de alerta: o cenário exige gestão cuidadosa, controle de custos e estratégia defensiva.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
Atacado e serviços cresceram em 2025?
Sim, mas em ritmo moderado.
O que freou o crescimento?
Juros altos, crédito caro e incertezas macroeconômicas.
Serviços ainda sustentam a economia?
Sim. O setor segue como principal motor do PIB.
O atacado foi mais afetado?
Sim. Depende mais de crédito e giro de estoque.
2026 será melhor?
Depende do comportamento dos juros e do crédito.









