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terça-feira, novembro 25, 2025
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Atraso do DREX e regulação impulsionam stablecoins de real

O adiamento da versão digital do real, o DREX, junto ao avanço regulatório para criptomoedas, vem fortalecendo o uso de stablecoins referenciadas ao real no Brasil. O effecto é visto como renascimento de um mercado que já parecia contido — e agora se movimenta com mais agilidade.

Por que o atraso do DREX importa?

O projeto do Banco Central do Brasil (BC) — o DREX — estava previsto para se tornar uma unidade digital do real, com ampla adoção de carteira digital e pagamentos tokenizados. Entretanto, após a fase-2 do piloto, o BC optou por desligar a infraestrutura de testes, por conta de falhas de privacidade e segurança.

Enquanto isso, o mercado de stablecoins — criptomoedas lastreadas em moedas fiduciárias — avança e atrai atenção tanto de investidores quanto de reguladores. Essa lacuna no lançamento do DREX abre caminho para outras formas de tokenização do real.

Como a regulação ajuda a impulsionar as stablecoins?

Recentemente, o órgão regulador brasileiro publicou regras que enquadram as operações com stablecoins referenciadas em moeda estrangeira ou local como operações de câmbio, com tributação específica (ex: IOF) e registro perante o sistema financeiro.
Este ambiente regulatório mais claro gera duas consequências principais:

  • Confiança: Ao haver normativos, as empresas e usuários se sentem mais seguros para adotar stablecoins.
  • Oportunidade de mercado: Com o DREX ainda em espera, stablecoins locais ganham fôlego para se posicionarem como meio alternativo de pagamento e liquidação.

Impactos esperados para o mercado brasileiro:

Crescimento da adoção

Com o DREX em atraso, fintechs e exchanges já tentam oferecer versões de stablecoins em real ou híbridas, visando atender empresas que querem rapidez, menor burocracia e taxas competitivas.

Pressão em médias e grandes empresas

Empresas que fazem pagamentos internacionais ou operam em modelos SaaS, por exemplo, enxergam nas stablecoins uma alternativa ao câmbio tradicional. Ao mesmo tempo, reguladores exigem compliance, o que eleva os custos operacionais para quem não se adequa.

A questão da competitividade internacional

Se os players brasileiros ficarem lentos, podem perder terreno para fintechs estrangeiras que atuam com stablecoins de dólar ou euro, com regimes regulatórios menos onerosos. O atraso do DREX e a regulação local podem se tornar diferencial competitivo — ou desvantagem.

Principais desafios que ficam à frente

  • A lacuna de adoção do DREX: sem ele em pleno funcionamento, o Brasil enfrenta risco de deixar o “vácuo digital” que stablecoins privadas podem preencher.
  • A clareza regulatória ainda incompleta: apesar de avanços, há ambiguidades sobre tributação, enquadramento e responsabilidade em operações tokenizadas.
  • Segurança e privacidade: o desligamento da infraestrutura de teste do DREX apontou vulnerabilidades importantes em blockchain, que exigem nova arquitetura e mais tempo.

O que observar nos próximos meses?

  • A retomada do DREX: se o BC definir cronograma e tecnologia para 2026, isso poderá impactar a estrutura de stablecoins no Brasil.
  • A evolução das regras de stablecoins: novos marcos regulatórios (internacionais e nacionais) podem alterar rapidamente o cenário competitivo.
  • A adesão de empresas: acompanhar quantas organizações começam a operar com stablecoins de real e como isso influencia o câmbio, pagamentos e custos de transação.

Conclusão

O atraso no lançamento do DREX somado à clareza regulatória emergente cria um momento único para as stablecoins de real. Para empresas e investidores, surge uma janela de oportunidade — mas também de cautela.

A inovação avança, mas exige atenção ao compliance, segurança e alinhamento com normas.

Se você busca entender os efeitos dessa transição no mercado financeiro brasileiro e internacional, continue acompanhando os próximos passos no setor de criptoativos no Brasil com a Brasilvest.
A inovação não para — e você também não deve parar.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que levou ao atraso do DREX?

O DREX atrasou porque o Banco Central identificou falhas de privacidade, segurança e arquitetura durante o piloto, o que exigiu o desligamento da infraestrutura de testes e revisão completa do projeto.

O atraso do DREX favorece as stablecoins de real?

Sim. Como o real digital não avançou, empresas e usuários passaram a buscar alternativas, e as stablecoins lastreadas em real ganharam espaço e adoção acelerada.

Stablecoins de real são regulamentadas no Brasil?

Parcialmente. Operações com stablecoins passaram a ser tratadas como operações de câmbio, exigindo registro, pagamento de IOF e adequação às normas do sistema financeiro — o que dá mais segurança ao mercado.

Qual a principal vantagem das stablecoins para empresas?

Elas permitem pagamentos rápidos, internacionais e com menor burocracia, além de oferecer custos mais competitivos em comparação ao câmbio tradicional.

O DREX pode substituir as stablecoins no futuro?

Depende. Se o Banco Central retomar o cronograma e entregar um sistema seguro e funcional, o DREX pode competir com stablecoins. Porém, hoje, as stablecoins estão anos-luz à frente em adoção.

As stablecoins trazem riscos?

Sim. Mesmo com regulação, há riscos de custódia, volatilidade da empresa emissora, compliance insuficiente e eventuais mudanças regulatórias que podem afetar custos e operações.

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