A B3 (B3SA3) está prestes a dar um passo histórico. A bolsa brasileira confirmou que trabalha no lançamento de uma stablecoin própria em 2026, movimento que pode destravar algo inédito no mercado nacional: negociação praticamente 24 horas por dia, sete dias por semana.

A iniciativa surge após a pausa do Drex e faz parte de uma reformulação profunda da infraestrutura da bolsa, unindo o sistema tradicional ao universo tokenizado. Na prática, isso pode mudar a forma como investidores operam ativos no Brasil.

O que é a stablecoin da B3 e por que ela importa?

A stablecoin da B3 será um criptoativo lastreado em moeda fiduciária, com valor estável, pensado para funcionar como meio de liquidação e distribuição de ativos tokenizados.

Segundo a própria bolsa, o ativo será usado tanto em redes privadas quanto em blockchains públicas, como Ethereum e Solana. O foco é oferecer um instrumento seguro, eficiente e compatível com o mercado financeiro tradicional.

A ideia é preencher lacunas deixadas pelo Drex e acelerar o desenvolvimento de um novo ecossistema digital dentro da bolsa.

A B3 vai permitir negociação 24 horas?

Esse é um dos objetivos de médio prazo. A nova arquitetura permitirá negociação fora do horário regular, com liquidação quase em tempo real. No futuro, o plano é viabilizar um modelo de funcionamento contínuo, 24/7.

Para isso, a B3 aposta em uma depositária tokenizada, que operará em paralelo aos sistemas tradicionais. Os participantes poderão escolher entre liquidação convencional ou tokenizada, com liquidez compartilhada entre os dois mundos.

A stablecoin será acessível ao investidor pessoa física?

Sim. A proposta é disponibilizar a stablecoin da B3 para o varejo, permitindo compra e venda do ativo. Isso coloca o investidor comum dentro da nova infraestrutura digital da bolsa, algo que até pouco tempo parecia distante.

Além disso, o uso de contratos inteligentes permitirá recursos programáveis, ampliando as possibilidades de produtos e operações.

O que bancos e analistas estão dizendo?

Grandes instituições já enxergam o movimento como estratégico. Para analistas, a stablecoin será essencial para conectar o sistema tradicional à depositária tokenizada, permitindo fungibilidade e negociação contínua.

A leitura do mercado é clara: a B3 está se preparando para um novo ciclo do mercado financeiro, mais digital, mais rápido e menos limitado por horários.

Quais novos produtos cripto a B3 prepara para 2026?

A stablecoin não vem sozinha. A B3 também anunciou planos ambiciosos para ampliar a oferta de derivativos de criptoativos. Entre os destaques estão:

• Futuros e opções de Bitcoin (BTC) em dólar
• Derivativos ligados ao HASH11, ETF de criptomoedas da bolsa
• Opções semanais de Ethereum (ETH) e Solana (SOL)
• Contratos baseados em eventos financeiros envolvendo BTC, ETH e SOL

Esses produtos reforçam a estratégia de posicionar a bolsa brasileira como hub cripto regulado na América Latina.

Por que esse movimento muda o jogo?

A combinação de stablecoin própria, tokenização e novos derivativos cria um ambiente mais eficiente, com menos fricção, maior liquidez e novos modelos de negócio. Para a B3, isso significa ganho de escala. Para o investidor, mais oportunidades e flexibilidade.

A bolsa deixa claro que o mercado de capitais do futuro será híbrido — e quem não se adaptar, ficará para trás.

Para acompanhar de perto como essa transformação pode impactar seus investimentos, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é a stablecoin que a B3 pretende lançar?

É um criptoativo estável, lastreado em moeda fiduciária, criado para liquidação e negociação de ativos tokenizados.

Quando a stablecoin da B3 será lançada?

A previsão é para 2026, junto com a nova depositária tokenizada.

A B3 vai operar 24 horas por dia?

Inicialmente, haverá negociação fora do horário regular. O objetivo futuro é chegar ao modelo 24/7.

O investidor pessoa física poderá usar essa stablecoin?

Sim. A B3 pretende oferecer o ativo também para o varejo.

Quais criptos terão novos derivativos na B3?

Bitcoin, Ethereum, Solana e o ETF HASH11 estão entre os produtos previstos.