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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Barclays joga água fria no mercado cripto para 2026

O entusiasmo que marcou os últimos ciclos das criptomoedas pode dar lugar a um período bem mais frio. Segundo um relatório recente do Barclays, o ano de 2026 tende a ser negativo para o mercado cripto, especialmente pela ausência de grandes catalisadores capazes de sustentar volumes elevados de negociação e atrair novos investidores.

A avaliação do banco acende um alerta importante para quem acompanha o setor de perto: menos euforia, menos volume e mais seletividade.

Por que o Barclays vê um “ano ruim” para as criptomoedas?

De acordo com os analistas, os volumes de negociação à vista estão desacelerando, e o interesse do investidor de varejo vem perdendo força. Esse movimento afeta diretamente as empresas que dependem desse fluxo para gerar receita.

O relatório destaca que, sem eventos relevantes — como grandes mudanças regulatórias, novos produtos disruptivos ou choques políticos favoráveis —, o mercado tende a andar de lado ou perder tração.

Em ciclos anteriores, o setor reagiu fortemente a fatos pontuais, como:

  • Aprovação de ETFs de bitcoin à vista
  • Mudanças políticas pró-cripto
  • Ondas especulativas impulsionadas por liquidez global

Para 2026, porém, o Barclays não enxerga gatilhos semelhantes no horizonte.

Exchanges sentem o impacto da queda de volume

A desaceleração afeta especialmente plataformas focadas no investidor pessoa física. Empresas como Coinbase (COIN) e Robinhood (HOOD), que historicamente se beneficiaram de picos de negociação em mercados aquecidos, enfrentam agora um ambiente mais desafiador.

Segundo o banco, os mercados à vista, principal fonte de receita dessas companhias, devem registrar queda no exercício fiscal de 2026. Sem um estímulo claro para reaquecer a demanda, a tendência é de pressão sobre margens e resultados.

Coinbase segue estratégica, mas com obstáculos no curto prazo

O relatório dedica atenção especial à Coinbase (COIN). Apesar de reconhecer iniciativas de crescimento — como expansão para derivativos e ativos tokenizados —, o Barclays avalia que esses movimentos não devem compensar totalmente a fraqueza dos volumes tradicionais no curto prazo.

Como reflexo dessa visão mais cautelosa, o banco reduziu o preço-alvo da ação para US$ 291, citando uma perspectiva de lucros mais conservadora para os próximos anos.

Tokenização ainda é promessa, não realidade

Outro ponto analisado é a tokenização de ativos, tema que vem ganhando espaço tanto entre empresas nativas do setor cripto quanto entre gigantes financeiras tradicionais.

Projetos envolvendo nomes como BlackRock (BLK) e a própria Robinhood mostram que há interesse institucional. No entanto, o Barclays reforça que essa tendência ainda está em estágio inicial e dificilmente terá impacto material nos resultados das empresas já em 2026.

Ou seja: é uma aposta de longo prazo, não um motor imediato de crescimento.

Regulamentação pode ajudar, mas não resolve tudo

A possível aprovação de regras mais claras nos Estados Unidos, como a chamada Lei CLARITY, é vista como um fator positivo estrutural. A proposta busca definir melhor:

  • Quais ativos são valores mobiliários
  • Quais são commodities digitais
  • Qual órgão regula cada segmento

Isso poderia reduzir incertezas e facilitar novos produtos no futuro. Ainda assim, o Barclays pondera que esse avanço regulatório, por si só, não garante uma retomada rápida do mercado.

Além disso, boa parte do otimismo político recente já estaria precificado nos ativos, limitando surpresas positivas.

2026 pode ser um ano de transição no mercado cripto

A leitura final do banco é clara: 2026 tende a ser um ano de ajuste, não de euforia. Com menos atividade de varejo e ausência de grandes impulsionadores, o setor deve focar em:

  • Eficiência operacional
  • Compliance e governança
  • Construção de bases para ciclos futuros

Para o investidor, isso significa mais cautela, menos especulação e maior atenção aos fundamentos.

Se você quer entender como esse cenário pode impactar investimentos, ações ligadas a cripto e o mercado global, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O Barclays acredita em queda forte das criptomoedas em 2026?

O banco não fala em colapso, mas projeta ano fraco, com menor volume e menos entusiasmo.

Quais empresas são mais afetadas?

Exchanges focadas no varejo, como Coinbase (COIN) e Robinhood (HOOD).

A regulamentação pode salvar o mercado?

Ajuda no longo prazo, mas não deve ser catalisador imediato.

A tokenização pode impulsionar o setor?

É promissora, mas ainda não gera impacto relevante nos lucros.

O mercado cripto acaba em 2026?

Não. O Barclays vê um período de transição, não o fim do setor.

É um bom momento para investir?

Depende do perfil. O cenário exige mais seletividade e visão de longo prazo.

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