Pressão sobre política monetária e credibilidade aumenta
O Banco Central elevou a probabilidade de inflação estourar o teto da meta para 71%, frente a 68% anteriormente, segundo a CNN Brasil. A meta central é 3%, com tolerância de até 4,5%, e esse novo cálculo coloca mais risco sobre o cenário de política econômica.
Consequências esperadas
Um risco elevado como esse reforça a necessidade de posturas mais defensivas. Cortes agressivos da Selic perdem espaço, já que expectativa de persistência inflacionária gera prêmio de risco.
Também complica o ambiente para políticas expansivas. Qualquer sinal de afrouxamento pode ser visto como descontrole fiscal, o que aumentaria o custo de financiamento.
Com isso, o governo e o BC precisarão usar comunicação clara e transparente. O mercado exigirá sinais de comprometimento com metas e ajustes, caso contrário poderá penalizar títulos públicos.
Os próximos relatórios de inflação e cenário externo serão decisivos para calibrar o ciclo de juros e as expectativas para 2026.