O Bitcoin (BTC) voltou a cair nesta quinta-feira (13), sendo negociado abaixo dos US$ 103 mil, em meio a um clima de forte medo e realização de lucros no mercado cripto. A baixa ocorre após um novo fluxo negativo de US$ 278 milhões em ETFs de Bitcoin, marcando o 30º dia consecutivo de resgates institucionais.
Mesmo com o fim do shutdown nos Estados Unidos e sinais de melhora no cenário macroeconômico, o sentimento entre investidores segue altamente pessimista.
Bitcoin em queda: o que está por trás da pressão vendedora
Em primeiro lugar, nas últimas 24 horas, o Bitcoin acumulou uma baixa de 1,87%, cotado a US$ 102.897, segundo dados do TradingView. A criptomoeda segue abaixo de todas as suas principais médias móveis, o que indica tendência negativa no curto e médio prazo.
Os indicadores técnicos reforçam esse movimento: o RSI está em 42 pontos, mostrando perda de força; o Momentum (10) aponta –3.525, sinal de enfraquecimento comprador; e o MACD em –2.486 confirma a pressão vendedora persistente.
ETF de Bitcoin sofre forte saída de recursos
Em segundo lugar, no dia 12 de novembro, os ETFs à vista de Bitcoin registraram saídas de US$ 278 milhões, com destaque para os fundos da Fidelity e da Ark Invest, que lideraram os resgates. No acumulado de 30 dias, o total sob gestão caiu de US$ 154 bilhões para US$ 140 bilhões, evidenciando desalavancagem institucional e realização de lucros.
Por outro lado, as chamadas “baleias” — grandes investidores — aproveitaram o momento de queda para acumular cerca de 45 mil BTC, apostando na valorização no longo prazo.
Medo extremo domina o mercado cripto
Em terceiro lugar, o Índice de Medo e Ganância despencou para 25 pontos, indicando medo extremo. Isso significa que boa parte dos investidores está evitando risco e buscando proteção, o que amplia a pressão vendedora.
Curiosamente, nem mesmo o fim da paralisação do governo americano, que trouxe otimismo às bolsas, conseguiu animar o mercado de criptomoedas. O clima segue de insegurança e cautela.
Altcoins desafiam o Bitcoin e sobem no dia
Enquanto o Bitcoin perde força, outras criptos têm desempenho positivo. O Zcash (ZEC) disparou 7,12% nas últimas 24 horas, liderando os ganhos entre as privacy coins.
Além disso, os grandes nomes, XRP avançou 1,74% e PAX Gold (PAXG) subiu 2,43%, mostrando que parte do capital está migrando para ativos alternativos.
O que dizem os analistas sobre o futuro do Bitcoin
Para Denny Galindo, do Morgan Stanley, o Bitcoin entrou em sua “fase de outono” — período em que o mercado costuma ver realização de lucros antes de possíveis correções mais fortes.
Já o investidor Dan Tapiero mantém uma visão otimista de longo prazo e projeta que o BTC pode chegar a US$ 180 mil no próximo ciclo, embora alerte para possíveis quedas de até 70% em futuras fases de baixa.
O consenso entre especialistas é claro: o momento é de volatilidade e transição, com investidores tentando identificar o ponto de equilíbrio entre risco e oportunidade.
Conclusão
O Bitcoin vive um período de ajuste e incerteza, pressionado por saídas institucionais e por um sentimento global de medo. Ainda assim, grandes players seguem acumulando, apostando na retomada de longo prazo.
FAQ
Por que o Bitcoin caiu abaixo de US$ 103 mil?
A queda está ligada às fortes saídas de ETFs, à realização de lucros e ao aumento do medo entre investidores.
O que significa “medo extremo” no mercado cripto?
É quando o índice de sentimento cai abaixo de 25 pontos, mostrando que o investidor prefere evitar risco e preservar capital.
Os ETFs de Bitcoin podem voltar a atrair recursos?
Sim, caso o mercado mostre sinais de estabilização e retomada de confiança institucional.
As altcoins estão mais fortes que o Bitcoin?
Por fim, no curto prazo, sim. Criptos como ZEC, XRP e PAXG têm conseguido desempenho melhor.









