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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Bitcoin cai 4% em outubro e quebra sequência de sete anos de alta

Correção de quase 4% quebra sequência positiva e reforça cautela entre investidores após tensões macroeconômicas

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

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O Bitcoin (BTC) encerrou outubro com queda de 3,93%, segundo dados divulgados pelo Money Times. Essa foi a primeira vez desde 2018 que a principal criptomoeda do mundo fechou o mês de outubro — tradicionalmente conhecido como “Uptober” — em terreno negativo.

O movimento interrompeu uma sequência de sete anos de ganhos e refletiu o aumento da aversão global ao risco, com investidores reduzindo exposição a ativos voláteis em meio às incertezas geopolíticas e às perspectivas de juros altos nos Estados Unidos.

Criptoativos em correção global

Durante o mês, o Bitcoin chegou a ser negociado acima de US$ 126 mil, mas perdeu força nas semanas finais após a piora no humor dos mercados internacionais. O endurecimento da disputa comercial entre Estados Unidos e China e os alertas sobre crescimento global mais fraco pesaram sobre o setor.

Entre as principais criptomoedas, o desempenho também foi negativo. A Cardano (ADA) recuou quase 28%, e o Ethereum (ETH) acumulou perda de 5,2% no mês, conforme levantamento do Money Times. Já o índice Crypto Market Cap caiu cerca de 6%, refletindo o enfraquecimento generalizado.

O que explica a queda

De acordo com analistas do CryptoRank e da Glassnode, a correção está ligada à combinação de fatores macroeconômicos e técnicos. A menor liquidez global e a rotação de carteiras para títulos de renda fixa — com juros de 5% ao ano nos EUA — reduziram o fluxo para ativos digitais. Além disso, o volume de negociação em bolsas cripto atingiu o menor nível desde março.

Mesmo com o recuo de outubro, o Bitcoin ainda acumula alta de 17% no ano, sustentado por apostas em tokenização de ativos e pelo interesse de investidores institucionais. Ainda assim, a volatilidade permanece elevada e reforça a importância de uma estratégia de longo prazo.

Perspectivas e comportamento do investidor

Para o analista Lucas Costa, da Bitget Research, ouvido pelo Money Times, “o mercado cripto vive um momento de consolidação, e o investidor precisa entender que a fase de ganhos exponenciais rápidos ficou para trás”.

Ele destaca que o setor de inovação blockchain segue evoluindo, especialmente em inteligência artificial descentralizada (AI DeFi) e soluções de escala para Web3, mas alerta que o foco deve estar em gestão de risco e diversificação, não em expectativas de lucros imediatos.

O fim do “Uptober”?

A quebra do padrão histórico de alta em outubro não altera a tendência estrutural de longo prazo do Bitcoin, mas serve como lembrete: criptomoedas continuam altamente sensíveis ao ambiente macroeconômico global.

Enquanto o mercado ajusta expectativas, a fase de consolidação pode abrir espaço para uma nova onda de maturidade — com menos especulação e mais inovação tecnológica sustentável.

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