Criptomoeda volta ao radar institucional e mira novas máximas em meio à incerteza global
O Bitcoin (BTC) acumula alta de 33% em 2025 e se aproxima de suas máximas históricas, sendo negociado acima de US$ 126 mil, conforme apuração do InfoMoney. O avanço ocorre em meio ao aumento do interesse institucional e ao cenário de busca por ativos de proteção, com o mercado reagindo à crise fiscal americana e à volatilidade global.
Fluxo institucional e o efeito “Uptober”
O desempenho do Bitcoin é sustentado, sobretudo, pelo crescimento dos ETFs de criptoativos, que ampliam o volume negociado e trazem maior legitimidade ao mercado. Além disso, a paralisação parcial do governo americano (shutdown) fortalece a percepção de que o ativo digital serve como reserva alternativa de valor.
Por outro lado, o mês de outubro, conhecido entre investidores como “Uptober”, tradicionalmente marca fases de valorização. Dessa forma, traders reforçam posições compradas e apostam que o ativo romperá novas resistências nas próximas sessões.
Resistências e possíveis correções
De acordo com o InfoMoney, o Bitcoin testa a faixa de US$ 126.199, ponto técnico que, se rompido, pode abrir caminho para US$ 130 mil e até US$ 135 mil nas próximas semanas.
Ainda assim, analistas alertam que um recuo abaixo de US$ 122 mil pode gerar correção até US$ 118 mil, o que exigiria cautela. Portanto, o movimento de alta depende da manutenção do fluxo comprador e do volume de negociação.
Como o investidor brasileiro pode se posicionar
No Brasil, o otimismo com o Bitcoin já se reflete na procura por fundos de cripto e na entrada de novos investidores no mercado digital. Porém, especialistas recomendam cautela. Como o ativo ainda é volátil, o ideal é limitar a exposição a 3% ou 5% da carteira, preservando a diversificação.
Além disso, a valorização recente também estimula realização parcial de lucros por quem já estava posicionado. Dessa forma, o investidor reduz risco sem perder o potencial de valorização caso o ativo continue subindo.
Perspectivas para o restante do ano
Os próximos passos do Bitcoin dependerão do cenário macroeconômico global. Se o Federal Reserve adotar um tom mais suave sobre os juros, o fluxo para ativos de risco pode aumentar.
Por fim, as novidades sobre regulamentação nos EUA e o comportamento do dólar também devem influenciar o ritmo de valorização. Assim, o Bitcoin entra no último trimestre do ano com força renovada e em busca de um novo recorde — reforçando seu papel como símbolo da nova economia financeira digital.