Projeções de inflação para 2025 e 2026 caem; expectativa para a Selic permanece em 15% neste ano
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As projeções do mercado para inflação e juros voltaram a cair nesta segunda-feira (27), de acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. O relatório mostra que a mediana das expectativas para o IPCA de 2025 passou de 4,97% para 4,92%, marcando a quinta semana seguida de redução. Esse movimento reforça a leitura de que a desinflação ganha ritmo, mesmo em um cenário global ainda desafiador.
Inflação desacelera e juros permanecem estáveis
Para 2026, o mercado também revisou a estimativa, de 4,27% para 4,20%, o que indica uma expectativa de estabilidade de preços mais adiante. Ainda assim, a projeção para a taxa Selic foi mantida em 15%, sinalizando que o Banco Central continua cauteloso diante de riscos fiscais e cambiais. Conforme o InfoMoney, o Comitê de Política Monetária prefere aguardar sinais consistentes de equilíbrio antes de ajustar o ritmo de cortes.
Câmbio e PIB seguem sem grandes mudanças
Enquanto a inflação cede, o câmbio apresentou leve variação. O mercado agora espera o dólar a R$ 5,41 no fechamento de 2025, contra R$ 5,40 na semana anterior. Já a projeção para o PIB brasileiro foi ajustada de 1,94% para 1,95%, segundo dados da Reuters. Apesar da alta marginal, analistas destacam que o crescimento ainda depende do consumo interno e do ambiente de crédito.
Efeitos sobre o investidor e a política monetária
Com a inflação em desaceleração, o espaço para cortes na Selic pode se abrir nos próximos trimestres. No entanto, como avalia o Valor Econômico, qualquer mudança de rumo dependerá do comportamento das expectativas de longo prazo e da evolução das contas públicas. Por isso, o Banco Central mantém postura de prudência, enquanto o mercado monitora o câmbio e os indicadores de demanda doméstica.
Olhar à frente
Nas próximas semanas, o foco estará nas leituras de inflação de novembro e na reunião do Copom. Caso os preços sigam em desaceleração, a autoridade monetária pode reavaliar o ciclo de juros em 2026. Até lá, o mercado aposta em estabilidade, mas mantém atenção a qualquer surpresa externa — especialmente nos Estados Unidos e na China, que seguem influenciando o comportamento dos investidores locais.









