Avanço das ações de tecnologia e trégua comercial entre EUA e China impulsionam índices da região, mas dólar forte reforça cautela dos investidores
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As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (3), impulsionadas pelo entusiasmo com o setor de tecnologia e o otimismo em torno da inteligência artificial (IA). Segundo a Reuters, o índice regional MSCI Asia-Pacific (ex-Japão) subiu 0,63%, atingindo o maior nível em quatro anos e meio. O movimento reflete a trégua comercial entre Estados Unidos e China, além da expectativa de novos estímulos à economia chinesa.
No Japão, o Nikkei 225 avançou 0,8%, impulsionado por empresas de semicondutores e tecnologia, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, renovou máximas históricas. Em Hong Kong, o Hang Seng Index subiu 1,1%, com destaque para ações ligadas à produção de chips e à inteligência artificial. Na China continental, o CSI 300 registrou alta de 0,6%, após dados apontarem estabilização na atividade industrial.
IA impulsiona apetite por risco, mas dólar limita ganhos
O otimismo com IA e o avanço das gigantes de tecnologia sustentaram o apetite por risco. Contudo, o dólar se fortaleceu e atingiu o maior patamar em três meses, limitando os ganhos de moedas emergentes. De acordo com a Reuters, a moeda norte-americana se valorizou diante da redução das apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve, após dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos.
Enquanto isso, os rendimentos dos Treasuries permaneceram próximos das máximas recentes, reforçando o ambiente de cautela. Analistas apontam que a valorização do dólar pode desacelerar o fluxo de capital para a Ásia, especialmente em países dependentes de exportações e commodities.
Reflexos para o investidor brasileiro
O desempenho positivo das bolsas asiáticas tende a beneficiar o mercado brasileiro, já que melhora o humor global e estimula a busca por ativos de risco em emergentes. Entretanto, a força do dólar e a incerteza sobre os juros nos EUA podem manter a volatilidade do câmbio e da curva de juros locais.
Especialistas consultados pela Reuters avaliam que o cenário global segue equilibrado entre otimismo tecnológico e prudência monetária, o que exige do investidor atenção redobrada ao portfólio e às movimentações internacionais.









