Mercados europeus recuam com resultados corporativos mistos e dúvidas sobre política monetária global
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As principais bolsas da Europa abriram em queda nesta terça-feira (4), pressionadas por balanços corporativos divergentes e pela incerteza em torno do ritmo dos cortes de juros nos Estados Unidos. O índice pan-europeu STOXX 600 recuava 1,4%, sendo negociado em torno de 564,26 pontos, na mínima em mais de duas semanas, segundo a Reuters.
Resultados corporativos aumentam a cautela
As maiores perdas vieram de empresas com desempenho abaixo das expectativas. A francesa Edenred SA caiu quase 10% após projetar menor crescimento de lucro para 2026, enquanto a suíça Geberit AG subiu 2,1% ao elevar sua previsão de vendas — um contraste que ilustra a seletividade do mercado, segundo o Investing.com.
Setores sensíveis puxam o índice para baixo
Os setores de recursos básicos lideraram as quedas, com baixa de aproximadamente 2,5%, acompanhando o recuo dos preços do cobre e do minério de ferro. Empresas industriais como Siemens AG e ABB Ltd. também recuaram, com quedas de 1,7% e 2,5%, respectivamente, afetando o desempenho do DAX e do SMI, de Zurique.
Incerteza global amplia o clima de risco
No cenário macroeconômico, investidores mostraram desconforto com a falta de novos dados oficiais nos Estados Unidos devido à paralisação parcial do governo americano. A situação dificulta a leitura sobre quando o Federal Reserve pode iniciar novos cortes na taxa de juros — o que pressiona ativos de risco e mantém a volatilidade elevada nos mercados europeus, destacou a Bloomberg.
Perspectivas para o investidor
O ambiente segue de espera e ajuste, sem gatilhos fortes de alta no curto prazo. Analistas apontam que setores defensivos, como consumo básico e utilities, devem ser menos impactados até que haja mais clareza sobre a política monetária global e os próximos balanços corporativos.
Agenda do dia na Europa
Os investidores acompanham novos resultados trimestrais e discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Riksbank, da Suécia, que podem oferecer sinais sobre a inflação e a atividade regional. Também seguem no radar os preços das commodities e o comportamento dos rendimentos dos títulos soberanos.









