Mercados ganham fôlego diante da recuperação setorial e do alívio nas preocupações com crédito bancário
As principais bolsas da Europa encerraram esta segunda-feira (20) em alta. O movimento refletiu o bom desempenho dos setores de defesa, tecnologia e recursos básicos. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 1,07%, a 572,31 pontos. O FTSE 100 de Londres avançou 0,52%, a 9.403,57 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 1,93%, enquanto o CAC 40 de Paris subiu 0,39%. O FTSE MIB de Milão também ganhou 1,52%, consolidando um dia de otimismo no continente.
Setores que puxaram a alta
O setor de defesa liderou os ganhos. Empresas como Rheinmetall, BAE Systems, Thales Group e Leonardo S.p.A. subiram cerca de 2,5%, segundo o InfoMoney. Já o setor de tecnologia avançou 1,9%, impulsionado pelo otimismo com a inteligência artificial e pelos resultados positivos da TSMC. Além disso, as ações de recursos básicos ganharam 1,6%, acompanhando a valorização de commodities como cobre e minério de ferro.
Bancos se recuperam após dias de volatilidade
O setor bancário também registrou alta, de cerca de 1,2%. O avanço refletiu a redução das preocupações com o crédito. No entanto, houve exceções. O BNP Paribas recuou 7,7% após nova ação judicial nos Estados Unidos relacionada a operações financeiras no Sudão, conforme o InfoMoney. Ainda assim, o sentimento predominante foi de recuperação.
Ambiente internacional mais favorável
O tom positivo também foi sustentado por fatores externos. De acordo com a Reuters, o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China trouxe otimismo. Por outro lado, o prolongamento do shutdown do governo americano manteve a cautela. Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia continuou a estimular o setor de defesa europeu.
Perspectivas e riscos adiante
Mesmo com o avanço, analistas apontam que a volatilidade segue presente. O Banco Central Europeu (BCE) ainda avalia o ritmo de cortes de juros, e qualquer surpresa na política monetária pode mexer com os mercados. Além disso, novas turbulências no sistema financeiro americano continuam no radar. Segundo o InfoMoney, investidores devem se preparar para um trimestre de ajustes e revisões de lucro.
O que significa para o investidor brasileiro
Para quem investe a partir do Brasil, o movimento europeu reforça o retorno do apetite por risco. O desempenho de tecnologia e commodities pode favorecer empresas exportadoras listadas na B3. Por outro lado, a manutenção de juros altos na Europa e nos EUA ainda limita ganhos mais fortes. Assim, a InfoMoney recomenda cautela e diversificação.









