Setor cafeeiro vê sinal positivo na aproximação, porém exige redução efetiva das tarifas americanas
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Os exportadores brasileiros de café receberam com otimismo o diálogo diplomático entre Brasil e Estados Unidos, iniciado após a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na Malásia. Segundo o InfoMoney, o setor enxerga a reaproximação como passo importante para recuperar competitividade internacional. Ainda assim, produtores e tradings cobram avanços concretos nas negociações sobre tarifas.
De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a suspensão das taxas aplicadas pelos EUA é essencial para reduzir o impacto dos custos logísticos e das barreiras comerciais. Além disso, a entidade ressalta que a manutenção das tarifas pode prejudicar mais de 2 mil exportadores, especialmente os que dependem do mercado norte-americano.
Tarifa e risco de perda de mercado
Atualmente, os Estados Unidos cobram uma tarifa que eleva o preço final do café brasileiro em relação a concorrentes como Colômbia e Vietnã. Segundo o InfoMoney, esse custo adicional limita o acesso do produto nacional a torrefadoras e redes de varejo americanas. Por isso, o Cecafé insiste que a reaproximação política precisa resultar em acordos comerciais efetivos, e não apenas em promessas.
O tema é considerado prioritário para o agronegócio, já que o café responde por mais de US$ 8 bilhões em exportações anuais. Mesmo assim, analistas do setor destacam que, sem mudança na política tarifária, o Brasil continuará perdendo espaço em mercados de alto valor agregado.
Próximos passos e expectativa do setor
As equipes técnicas dos dois países devem iniciar reuniões nas próximas semanas para revisar as tarifas e propor um cronograma de cortes. O governo brasileiro também avalia incluir o café nas discussões sobre acordos de livre comércio e sustentabilidade, o que poderia ampliar a pauta exportadora.
Enquanto isso, as cooperativas e associações acompanham com cautela. Elas acreditam que o diálogo aberto entre Lula e Trump é positivo, mas o avanço real depende de como o tema será tratado na agenda econômica dos dois países. Caso o impasse continue, a competitividade do café brasileiro pode se deteriorar ainda mais nos próximos trimestres.
Para o Cecafé, o momento é decisivo. “O gesto político é importante, mas o produtor precisa de resultado concreto na exportação“, afirmou a entidade em nota ao InfoMoney.









