Falta de planejamento e alta do custo de vida deixam 43% dos lares vulneráveis a imprevistos
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Uma pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira (4), mostrou que 43% dos brasileiros não têm nenhuma reserva de emergência — o equivalente a mais de 90 milhões de pessoas adultas sem poupança para lidar com imprevistos como desemprego, doenças ou despesas urgentes. O levantamento foi realizado entre 16 e 29 de julho de 2025, com 2 mil entrevistados de diferentes classes sociais, e conforme divulgado também pelo InfoMoney e pela CNN Brasil.
Planejamento existe, mas sobra falta
Apesar de 59% afirmarem ter algum tipo de planejamento financeiro, a maioria reconhece que o orçamento não permite guardar dinheiro. Entre os entrevistados, 39% disseram conseguir pagar as contas, mas sem sobra, enquanto 19% admitem não conseguir quitar todas as despesas mensais, segundo o Poder360. O cenário se agrava com o aumento do custo de vida e do endividamento, que consome boa parte da renda das famílias.
Emergência é regra, não exceção
O levantamento também revelou que 84% dos brasileiros enfrentaram ao menos uma emergência financeira nos últimos 12 meses, incluindo atraso em contas, necessidade de empréstimos ou uso do limite do cartão de crédito. A pesquisa mostra ainda que 78% dos que não possuem reserva pertencem à classe C, o que reforça a desigualdade na capacidade de poupança.
Impactos no consumo e no crédito
Segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney, a ausência de reserva financeira aumenta o risco de inadimplência e afeta diretamente o consumo, já que as famílias priorizam o pagamento de dívidas em detrimento de compras e investimentos. Esse comportamento repercute em setores de varejo, serviços e crédito, que ainda enfrentam recuperação lenta após a pandemia e o ciclo de juros altos.
Educação financeira como saída
Para economistas, o dado revela a urgência de políticas de educação financeira acessível e de estímulo à poupança. O ideal, segundo o planejamento financeiro clássico, é ter uma reserva equivalente a três a seis meses de despesas fixas. No entanto, apenas 2% dos brasileiros consultam profissionais para organizar as finanças, embora 49% afirmem considerar essa possibilidade, aponta o Poder360.
Caminho para a estabilidade
Especialistas sugerem que pequenos hábitos podem reverter o cenário: automatizar transferências para uma conta separada, revisar gastos invisíveis e evitar parcelamentos longos. Mesmo pequenas reservas — como R$ 50 por mês — podem fazer diferença em emergências, especialmente com o uso de aplicações de liquidez imediata, como Tesouro Selic e fundos DI.









