Tecnologia aumenta eficiência nas plantas frigoríficas e ajuda a conter custos em meio à menor oferta de bovinos em 70 anos
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A Cargill Inc., uma das maiores processadoras de carne do mundo, está usando inteligência artificial (IA) para extrair mais carne de cada carcaça bovina em suas plantas nos Estados Unidos. A medida busca compensar a menor oferta de gado, que caiu ao nível mais baixo em sete décadas, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e da Bloomberg Línea.
Tecnologia que transforma produtividade
A empresa instalou câmeras com IA para analisar o corte das peças em tempo real e indicar onde há desperdício. Assim, os operadores recebem feedback instantâneo e ajustam os movimentos com mais precisão. Isso reduz perdas e aumenta o rendimento de carne por animal.
“Se conseguirmos melhorar a produtividade em apenas 1%, isso representa mais de 200 milhões de libras de alimentos que acabam nas mesas e não nos ossos”, afirmou o CEO Brian Sikes, durante o evento World Food Prize Foundation, realizado em Des Moines (Iowa).
Pressão sobre margens e custos
O preço do gado continua subindo, e as margens dos frigoríficos estão sob forte pressão. Nesse cenário, a IA se tornou essencial para reduzir custos operacionais e preservar a competitividade. Além disso, o uso da tecnologia ajuda a equilibrar a produção em um mercado global que enfrenta escassez de proteína e alta de insumos.
Expansão tecnológica e ganhos logísticos
A estratégia da Cargill vai além do abate. A empresa usa IA também na logística, no monitoramento de umidade e no transporte marítimo. Com isso, consegue prever gargalos, ajustar rotas e reduzir desperdícios em toda a cadeia de suprimentos.
A revolução do agronegócio digital
Para Sikes, a inteligência artificial marca uma virada no agronegócio global. “Essa é a tecnologia mais transformadora da minha vida”, declarou. A adoção da IA fortalece a eficiência e redefine os padrões de produtividade da indústria alimentícia.
A escassez de gado e o custo elevado dos insumos aceleram essa transformação. Assim, a união entre tecnologia, dados e agricultura se consolida como motor da próxima década para o agronegócio mundial.









