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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Casa Branca reage a crise no Caribe e diz que ataque a barco venezuelano foi “legítimo”

A Casa Branca elevou o tom ao defender os ataques dos Estados Unidos contra uma embarcação venezuelana suspeita de tráfico de drogas no Caribe. A ofensiva, realizada em setembro, voltou ao centro do debate depois de novas denúncias sobre um segundo ataque supostamente ordenado para matar sobreviventes — algo que especialistas classificam como potencial violação do direito humanitário internacional.

Segundo Washington, as ações foram autorizadas pelo secretário de Defesa Pete Hegseth, mas o episódio abriu uma crise política e jurídica que já mobiliza congressistas e especialistas.

Casa Branca diz que ação foi autorizada e seguiu a lei

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Hegseth deu autorização direta para o almirante Frank Bradley executar os ataques.
Segundo ela, a ação:

  • ocorreu em águas internacionais
  • foi realizada em autodefesa
  • obedeceu às normas da lei de conflitos armados
  • visava “eliminar uma ameaça aos EUA

O governo norte-americano classifica os grupos envolvidos como “narcoterroristas”.

A declaração ocorreu após uma reportagem do Washington Post afirmar que um segundo ataque teria sido ordenado com o objetivo específico de executar dois sobreviventes do bombardeio inicial.

Trump nega ter apoiado o segundo ataque

O presidente Donald Trump afirmou que “não teria desejado um segundo ataque” e disse que Hegseth nega ter dado a ordem para matar sobreviventes.

A polêmica intensificou questionamentos sobre a legalidade das operações, especialmente porque o ataque faz parte de um conjunto de ações mais amplas: desde setembro, as Forças Armadas dos EUA já realizaram 19 ataques a embarcações suspeitas na região, resultando na morte de pelo menos 76 pessoas.

Especialistas falam em possível crime de guerra

Especialistas em direito internacional criticaram a operação.
Entre eles:

  • Laura Dickinson, professora de direito da Universidade George Washington, diz que o ataque a náufragos “provavelmente seria um crime de guerra”.
  • O grupo de ex-advogados militares JAGs Working Group classificou a ordem como “patentemente ilegal”, afirmando que militares têm o dever de desobedecê-la.

O Manual da Lei de Guerra do Pentágono proíbe ataques a combatentes incapacitados — incluindo náufragos — a menos que haja risco claro e imediato.

Hegseth defende almirante: “herói americano”

Nas redes sociais, Hegseth saiu em defesa do almirante Bradley, dizendo que ele tem seu “apoio total” e que suas decisões “mantiveram os EUA seguros”.

Crise pode escalar e envolve Venezuela diretamente

A ofensiva militar faz parte de uma estratégia mais ampla de pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, que Washington acusa de envolvimento no tráfico internacional de drogas — algo que Caracas nega.

Segundo fontes ouvidas pela Reuters:

  • os EUA avaliam intervenção militar direta
  • o espaço aéreo da Venezuela pode ser “completamente fechado”
  • a CIA já recebeu autorização para operações secretas
  • as Forças Armadas norte-americanas estão preparadas para uma nova fase de operações no Caribe

A situação gera ansiedade em Caracas, especialmente após Trump confirmar que conversou com Maduro, embora tenha se recusado a revelar o conteúdo da conversa.

Para continuar acompanhando desdobramentos geopolíticos, tensões militares e impactos no mercado global, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que os EUA atacaram um barco venezuelano?

Segundo a Casa Branca, a embarcação era suspeita de tráfico de drogas e representava ameaça aos EUA.

O ataque foi legal?

O governo diz que sim, mas especialistas afirmam que o segundo ataque pode violar o direito humanitário.

Quem autorizou a operação?

A Casa Branca afirma que a ordem veio do secretário de Defesa, Pete Hegseth.

Trump apoiou a decisão?

Ele disse que não desejava um segundo ataque, apesar de defender ações contra o narcotráfico.

Qual o risco de escalada militar?

Fontes indicam que os EUA avaliam até intervenção militar e novas operações no Caribe.

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