Levantamento do IBGE revela mudanças profundas na estrutura familiar e seus impactos econômicos
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Pela primeira vez desde o início da série histórica, menos da metade das famílias brasileiras é formada por casais com filhos, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (5). A proporção caiu de 56,4% em 2000 para 42% em 2022, o equivalente a 24,3 milhões de famílias. Já o número de casais sem filhos cresceu de 13% para 24,1% no mesmo período, o que representa 13,9 milhões de famílias.
Famílias menores e novos arranjos
O levantamento mostra que o país está vivendo uma transformação estrutural na composição familiar. A queda da taxa de fecundidade e o envelhecimento populacional explicam parte dessa mudança. Em contrapartida, os domicílios formados por apenas uma pessoa cresceram de 4,1 milhões em 2000 para 13,6 milhões em 2022, o que corresponde a 18,8% do total. Esse crescimento indica que cada vez mais brasileiros optam por morar sozinhos ou em arranjos não tradicionais, segundo a Agência IBGE Notícias.
Novos perfis familiares
As famílias chefiadas por mulheres sem cônjuge e com filhos também cresceram, passando de 11,6% para 13,5% no período, o que representa 7,8 milhões de lares. Já os homens sem cônjuge e com filhos subiram de 1,5% para 2%, somando cerca de 1,2 milhão de famílias. Essas mudanças afetam diretamente políticas públicas de assistência social, educação e habitação, que precisam se adaptar aos novos formatos familiares.
Efeitos econômicos das novas famílias
Essas transformações também têm impacto direto na economia. A redução das famílias com filhos tende a diminuir a demanda por bens de consumo infantil, imóveis amplos e serviços voltados a famílias numerosas. Em contrapartida, o aumento dos lares unipessoais pode impulsionar setores como o mercado imobiliário de pequenas unidades, aluguel urbano e serviços personalizados.
Especialistas apontam que o novo desenho familiar exige planejamento fiscal e urbano mais flexível. Para o investidor, entender esse cenário ajuda a antecipar tendências de consumo, demanda por crédito habitacional e mudanças nos gastos públicos. Como destacou o IBGE, o Censo 2022 revela que o Brasil vive “uma nova fase demográfica e social”, com famílias menores, mais diversas e financeiramente independentes.









