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terça-feira, novembro 25, 2025
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Centrão vê chance inédita de lançar chapa presidencial com apoio de Bolsonaro

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A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) e o episódio da violação da tornozeleira eletrônica abriram um novo flanco político dentro da direita. Nos bastidores do centrão, líderes veem o momento como a melhor oportunidade até agora para articular uma chapa presidencial em 2026 apoiada por Bolsonaro — mas sem nenhum Bolsonaro na cabeça da disputa.

A alternativa favorita do grupo: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como candidato à Presidência e um nome do centrão na vice. Para esses partidos, a presença de Tarcísio é essencial para unir a direita, enquanto a vaga de vice garantiria espaço e influência ao bloco que domina o Congresso.

O grande problema? Os filhos de Bolsonaro, que resistem publicamente a qualquer chapa que não inclua um membro da família.

Por que agora o centrão vê uma janela de oportunidade?

Os acontecimentos das últimas horas elevaram a fragilidade política de Bolsonaro:

  • A confissão do ex-presidente de que colocou “ferro quente” na tornozeleira;
  • A justificativa de que agiu por “paranoia” causada por medicamentos;
  • A interpretação do ministro Alexandre de Moraes de que a vigília convocada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) poderia facilitar uma tentativa de fuga.

Aliados dizem que os fatos enfraquecem a viabilidade de Flávio como nome presidencial e desgastam a influência da família sobre o processo de escolha dentro da direita.

Filhos de Bolsonaro impedem avanço da chapa — e atacam possíveis aliados

Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro tentam manter o controle do espólio político do pai. Nos bastidores e nas redes, os três vêm criticando:

  • Tarcísio de Freitas
  • Ronaldo Caiado (União Brasil-GO)
  • Romeu Zema (Novo-MG)
  • Ratinho Jr. (PSD-PR)

Eles afirmam que esses governadores querem “se aproveitar” da base de Bolsonaro sem ajudar em sua situação jurídica. Carlos e Eduardo chegaram a chamá-los de “ratos” e “oportunistas” em publicações nas redes.

O vice: a outra grande disputa

Para o centrão, o plano ideal seria Tarcísio no topo e um vice do próprio grupo, como:

  • Ciro Nogueira (PP-PI)
  • Tereza Cristina (PP-MS)

Mas Bolsonaro já disse a aliados que só apoiaria Tarcísio se Michelle Bolsonaro fosse vice — exigência que emperra as conversas.

O centrão, porém, acredita que sem o apoio explícito do ex-presidente, qualquer candidatura da direita corre risco elevado nas urnas. Por isso, apesar das disputas internas, publicamente os líderes seguem prestando solidariedade a Bolsonaro e criticando a decisão de Moraes.

Promessas nos bastidores: reduzir penas e buscar anistia

Enquanto isso, articulações silenciosas seguem avançando. Interlocutores do centrão têm sinalizado à família Bolsonaro que:

  • poderão trabalhar para reduzir as penas do ex-presidente no Congresso;
  • abrir espaço para uma eventual prisão domiciliar;
  • e, em caso de vitória da direita em 2026, aprovar uma anistia geral no próximo governo.

Essas promessas são vistas como um incentivo para que a família não crie obstáculos irreversíveis à formação da chapa.

Bolsonaro condenado: impacto direto nas negociações

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses por cinco crimes ligados à tentativa de golpe. A confissão sobre a tornozeleira agravou o cenário e esfriou a proposta de votar rapidamente a redução das penas de condenados pelos atos antidemocráticos.

Antes do vídeo ser divulgado, líderes do centrão avaliavam que houve exagero na decisão de Moraes e acreditavam que uma proposta de redução ganharia força. Após a confissão, porém, o clima no Congresso mudou completamente.

Direita adia definição para não “enterrar” Bolsonaro

Além disso, aliados próximos afirmam que a família Bolsonaro quer adiar ao máximo qualquer decisão sobre 2026. A avaliação interna é que, assim que uma chapa for definida, Bolsonaro será colocado em segundo plano — algo delicado no momento em que seu poder de articulação está enfraquecido.

Conclusão: direita vive momento decisivo e disputa interna deve se intensificar

Por fim, as próximas semanas serão cruciais. A direita precisa definir se terá uma única chapa forte, possivelmente com Tarcísio à frente, ou se vai partir dividida contra uma eventual tentativa de reeleição de Lula.

*Com informações da Folha de SP

Para acompanhar os próximos capítulos da disputa presidencial de 2026, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que o centrão quer Tarcísio como candidato?

Porque ele combina apoio do eleitorado de direita, experiência administrativa e menor rejeição que os filhos de Bolsonaro.

Os filhos de Bolsonaro aceitam ficar fora da chapa?

Hoje, não. Eles resistem publicamente e fazem críticas a aliados potenciais.

A prisão de Bolsonaro mudou o cenário político?

Sim. Ela abriu espaço para o centrão pressionar por uma chapa sem os Bolsonaros.

Michelle Bolsonaro pode ser vice?

É a condição que Bolsonaro já defendeu em negociações, mas rejeitada pelo centrão.

O centrão promete ajudar Bolsonaro juridicamente?

Sim, líderes sinalizam apoio para reduzir penas e até articular anistia no futuro.

Quando a direita vai definir a chapa de 2026?

A expectativa é que a decisão seja adiada para proteger a influência política de Bolsonaro por mais tempo.

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