Nova versão do pacto amplia cooperação em economia digital, verde e cadeias de suprimentos, fortalecendo o peso do bloco asiático
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A China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) assinaram nesta terça-feira (28) uma versão atualizada do Acordo de Livre-Comércio China-ASEAN (ACFTA 3.0), com o objetivo de expandir a integração econômica e reduzir barreiras comerciais na região. O novo pacto inclui compromissos em economia digital, economia verde e logística de suprimentos, de acordo com informações da Reuters.
Acordo fortalece o comércio regional e amplia o peso geopolítico
A China já é o principal parceiro comercial da ASEAN, respondendo por mais de US$ 770 bilhões em trocas anuais. Segundo o Ministério do Comércio chinês, o ACFTA 3.0 “reflete o compromisso mútuo com o livre-comércio e o apoio ao sistema multilateral”, além de estabelecer uma base jurídica mais moderna para o comércio regional, conforme reportado pela Associated Press.
A atualização do acordo também ocorre em um contexto de tensões comerciais com os Estados Unidos, que mantêm tarifas sobre produtos chineses e asiáticos. Assim, o pacto funciona como uma resposta diplomática de Pequim e seus parceiros do Sudeste Asiático ao avanço do protecionismo americano.
Expansão de setores e oportunidades
Com o novo ACFTA, países da região deverão abrir espaço para investimentos em tecnologia, serviços financeiros e infraestrutura logística. O tratado também prevê a redução de barreiras não tarifárias e o fortalecimento da cooperação ambiental, com foco na transição energética e em cadeias produtivas sustentáveis.
De acordo com análise da The Diplomat, o acordo deve atrair novos fluxos de investimento estrangeiro e ampliar o papel da ASEAN como centro de inovação e manufatura global.
Repercussões para o Brasil e mercados emergentes
Para o Brasil e outros exportadores de commodities, o fortalecimento da parceria entre China e ASEAN cria novos vetores de competição e oportunidades. A expansão das cadeias asiáticas de suprimento pode alterar rotas logísticas e influenciar preços globais de minério de ferro, soja e petróleo.
Além disso, o movimento reforça o papel da Ásia como o novo eixo do comércio internacional, com impacto direto nas políticas de exportação e investimentos dos países emergentes.









