A economia da China deve crescer menos de 3% em 2025, segundo um relatório do Rhodium Group.
O número assusta porque representa apenas metade da meta oficial de cerca de 5% defendida por Pequim.
Além disso, o dado reacende um alerta global. Afinal, a China segue como a segunda maior economia do mundo. Portanto, quando ela desacelera, o impacto se espalha rapidamente por mercados, moedas e commodities.
Segundo apuração do Money Times, baseada no estudo do think tank, o desempenho real da economia chinesa ficou muito abaixo do discurso oficial.
Por que a economia da China desacelerou tanto?
Antes de tudo, o problema não é isolado. Pelo contrário. O Rhodium Group aponta falhas estruturais profundas.
O principal fator foi a queda abrupta do investimento em ativos fixos, como imóveis, infraestrutura e fábricas. Esses setores sempre sustentaram o crescimento chinês. No entanto, em 2025, eles perderam força.
Além disso, o relatório indica que os números oficiais não refletem totalmente a realidade. Indicadores como compra de terrenos, demanda por equipamentos industriais e investimentos privados mostram um cenário bem mais fraco.
Enquanto isso, a demanda interna segue travada. Mesmo com estímulos do governo, o consumo das famílias não reagiu como esperado.
Crise no setor imobiliário pesa no PIB
O setor imobiliário, historicamente um dos pilares do crescimento chinês, continua em crise.
Grandes incorporadoras enfrentam dívidas elevadas, projetos parados e queda nas vendas.
Com isso, a construção civil perdeu fôlego. Consequentemente, toda a cadeia produtiva sentiu o impacto, da indústria pesada ao mercado de trabalho.
Esse movimento reforça a percepção de que a economia chinesa vive uma transição difícil, saindo de um modelo baseado em investimentos para outro focado em consumo — algo que ainda não aconteceu plenamente.
Meta oficial x realidade econômica
Oficialmente, o governo chinês deve anunciar que a meta de crescimento foi atingida. Isso costuma ocorrer durante a reunião anual do Parlamento, em março.
No entanto, o Rhodium Group estima um “buraco” de cerca de US$ 500 bilhões na atividade econômica.
Ou seja, há uma diferença relevante entre o crescimento divulgado e o crescimento real.
Esse descompasso aumenta a desconfiança de investidores estrangeiros e amplia a volatilidade nos mercados globais.
O que isso muda para o Brasil e o mundo?
A desaceleração da China não afeta apenas a Ásia. Pelo contrário.
Ela atinge diretamente países exportadores, como o Brasil.
Menor crescimento significa menos demanda por minério de ferro, soja e petróleo. Como resultado, preços podem cair e pressionar receitas.
Além disso, investidores tendem a buscar proteção, reduzindo exposição a mercados emergentes. Isso pode impactar câmbio, Bolsa e fluxo de capital.
E 2026? O cenário preocupa ainda mais
O relatório vai além. Para 2026, a projeção é ainda mais fraca: crescimento entre 1% e 2,5%.
Esse número fica bem abaixo das estimativas de instituições como o Fundo Monetário Internacional, que ainda trabalham com um cenário mais otimista.
Se essa previsão se confirmar, o mundo pode enfrentar um novo ciclo de ajustes econômicos.
O que o investidor precisa entender agora?
Em resumo, o recado é claro:
A China já não cresce como antes.
O risco global aumentou.
A cautela voltou ao radar.
Portanto, acompanhar esses movimentos se tornou essencial para quem investe ou acompanha a economia.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
A economia da China realmente cresceu menos de 3% em 2025?
Sim. Segundo o Rhodium Group, o crescimento ficou entre 2,5% e 3%, bem abaixo da meta oficial.
Por que os dados oficiais da China são questionados?
Porque indicadores independentes mostram uma atividade econômica mais fraca do que os números divulgados pelo governo.
O setor imobiliário ainda é um problema?
Sim. A crise no setor imobiliário segue como um dos principais freios da economia chinesa.
Isso afeta o Brasil?
Afeta diretamente. Menor crescimento da China reduz a demanda por commodities brasileiras.
O crescimento pode melhorar em 2026?
O cenário atual indica que não. As projeções apontam desaceleração ainda maior.









