Belém, Salvador e Fortaleza lideram ranking de roubos e furtos por habitante, revelando fragilidade da segurança urbana.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontou que capitais do Norte e Nordeste concentram os maiores índices de violência patrimonial em 2025. Belém, Salvador e Fortaleza aparecem entre as cidades com maior número de ocorrências de roubos e furtos por habitante, evidenciando os desafios enfrentados pelas metrópoles fora do eixo Sul-Sudeste.
Segundo o G1, a expansão da criminalidade patrimonial está diretamente ligada ao avanço da informalidade e ao desemprego estrutural. Famílias em situação de vulnerabilidade encontram na atividade ilegal uma alternativa de sobrevivência, o que pressiona ainda mais os indicadores de violência.
O Valor Econômico destacou que o custo econômico desse tipo de crime é significativo: lojistas e comerciantes têm registrado perdas crescentes, o que desestimula investimentos em regiões mais afetadas. A criminalidade patrimonial não apenas atinge indivíduos, mas compromete o ambiente de negócios.
Reportagem da Reuters mostrou que governos estaduais têm recorrido a soluções como monitoramento por câmeras inteligentes e aumento do policiamento ostensivo, mas os resultados ainda são insuficientes para conter a escalada. Em muitos casos, a falta de integração entre polícias civil e militar dificulta a eficiência das ações.
Para especialistas, políticas sociais de longo prazo são tão ou mais importantes que ações de segurança imediatas. Sem uma agenda que combine emprego, renda e prevenção, a tendência é que os índices de roubos e furtos sigam pressionando a vida urbana nas próximas décadas.