Entender o sobe e desce da bolsa, do dólar e dos juros pode parecer complexo, mas com alguns conceitos simples já dá para acompanhar o mercado com mais clareza.
Você não precisa ser economista nem operador da B3 para entender os movimentos do mercado financeiro. Compreender o básico de como a bolsa, o dólar e os juros se comportam já permite fazer melhores escolhas no dia a dia — seja para investir, negociar preços ou entender o noticiário.
O primeiro ponto de atenção é o Ibovespa. Ele representa a média de desempenho das ações mais negociadas na bolsa brasileira. Se o índice sobe, em geral, o mercado está mais confiante; se cai, há aversão ao risco. Segundo o Valor Econômico, oscilações no Ibovespa costumam refletir expectativas com relação a juros, inflação e políticas do governo.
Outro termômetro importante é o dólar. Quando a moeda americana sobe, significa que os investidores estão buscando segurança em ativos internacionais — o que pode indicar instabilidade. E o impacto é direto: gasolina, alimentos e até remédios tendem a ficar mais caros, já que boa parte dos insumos vem de fora. De acordo com reportagem da Bloomberg, 80% do comércio internacional do Brasil é cotado em dólar.
A Selic, taxa básica de juros da economia, também ajuda a entender o cenário. Quando ela está alta, é sinal de combate à inflação e tende a segurar o consumo e os investimentos. Já uma Selic baixa busca estimular a economia, mas pode gerar pressão inflacionária. O Copom (Comitê de Política Monetária) divulga suas decisões a cada 45 dias, e o mercado costuma se antecipar com base nas expectativas captadas pela pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central.
Além disso, o investidor leigo pode acompanhar os índices de inflação, como IPCA e IGP-M, divulgados pelo IBGE e FGV, que afetam diretamente contratos, reajustes salariais e aluguéis. Também é possível usar plataformas como Investing, InfoMoney e o próprio site da B3 para checar cotações e análises diárias com linguagem acessível.
Por fim, entender o que move os mercados ajuda não só quem investe, mas qualquer cidadão que queira se proteger melhor de oscilações econômicas. E, como em qualquer hábito, acompanhar o mercado exige constância. Em poucos minutos por dia, você já começa a perceber padrões, impactos e até antecipar tendências.