A ameaça de uma intervenção militar dos Estados Unidos reacendeu o clima de paranoia dentro do círculo íntimo de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Nos bastidores, o líder tem reorganizado toda a sua rotina, mudando constantemente de cama, residência, telefone e equipe de segurança para tentar evitar um ataque surpresa ou uma ação de forças especiais.
Fontes próximas ao regime afirmam que o ambiente é de tensão total — mas Maduro acredita que ainda consegue se manter no poder e superar mais essa crise em seus 12 anos de governo.
Por que Maduro está mudando de casas e celulares?
Segundo diversas fontes ligadas ao governo venezuelano, o objetivo é dificultar o rastreamento de suas comunicações e deslocamentos. As trocas frequentes de aparelhos, locais onde dorme e rotas diárias se intensificaram desde setembro, quando os EUA passaram a aumentar sua presença militar no Caribe e atacar embarcações que, segundo Washington, transportariam drogas ligadas ao regime.
Para aliados próximos, o ditador teme um ataque de precisão ou uma operação semelhante às usadas pelos EUA contra outros líderes autoritários ao longo da história.
Qual é o papel de Cuba nesse esquema de proteção?
A presença cubana se tornou ainda mais central na sobrevivência política de Maduro.
Para evitar traições internas, o líder ampliou a atuação de:
- Guarda-costas cubanos, integrados à sua segurança direta
- Agentes de contraespionagem de Cuba, agora alocados em setores estratégicos das Forças Armadas venezuelanas
A relação entre Havana e Caracas, que já era estreita, se tornou uma aliança de sobrevivência, com Cuba ajudando a blindar Maduro de ameaças externas e internas.
Em público, Maduro finge normalidade — por quê?
Apesar das medidas sigilosas, o ditador tenta transmitir calma à população. Ele tem comparecido a eventos sem aviso prévio, dançado em comícios e até viralizado no TikTok com vídeos coreografados.
Fontes afirmam que essa postura teatral é uma forma de:
- Demonstrar força
- Simular controle total
- Manter a narrativa de estabilidade
Na segunda-feira, por exemplo, Maduro surgiu de surpresa em um ato governista e chegou a brincar:
“Festa enquanto o corpo aguentar! Sem guerra; paz.”
Maduro teme uma ofensiva militar americana?
Sim. Pessoas próximas ao governo revelam que ele leva muito a sério a possibilidade de Donald Trump ordenar uma operação direta na Venezuela.
O governo americano acusa Maduro de comandar um cartel de narcoterroristas, e muitos funcionários dos EUA acreditam que o aumento da presença militar é parte de uma estratégia de mudança de regime.
Ainda assim, Trump alterna momentos de ameaça com sinais de disposição para negociar — e chegou a conversar por telefone com Maduro recentemente.
Maduro já discutiu deixar o poder?
Segundo o New York Times, sim.
Conversas no início deste ano entre enviados de Trump e representantes de Maduro incluíram:
- A possibilidade de transferência de poder para um assessor antes do fim do mandato de Trump
- A realização de um referendo revogatório em 2027
- A chance de Maduro entregar o governo a seu vice em caso de derrota
Nada avançou, e Trump intensificou a pressão militar após o fracasso das negociações.
Como Maduro conseguiu sobreviver a tantos anos de crises?
Apesar de gafes públicas e episódios que viralizaram negativamente — como quando mordeu uma empanada ao vivo em meio à crise de fome — Maduro mostrou ser um operador político implacável.
Sua estratégia envolveu:
- Repressão violenta contra opositores
- Controle de instituições, mídia e tribunais
- Entrega de recursos econômicos a generais em troca de lealdade
- Uso dos erros dos EUA, como sanções, para reforçar apoio interno
- Divisão e neutralização da velha guarda chavista
Um ex-ministro o descreveu como alguém que “joga pelas regras brutais da política de rua, quase mafiosa”.
E por que a crise atual é tão perigosa para ele?
Mesmo com Cuba ao seu lado e com parte dos militares sob controle, Maduro enfrenta seu ponto mais frágil: a crise de legitimidade.
A vitória eleitoral da oposição no ano passado — ignorada por Maduro — destruiu qualquer narrativa de apoio popular.
Para pessoas próximas ao regime, essa ferida não cicatriza:
“A maior crise deles é a legitimidade. O governo sabe que o país os odeia”, disse Andrés Izarra, ex-ministro exilado.
Mesmo que os navios americanos deixem o Caribe, essa crise continuará corroendo o regime por dentro.
Conclusão
Maduro está em seu modo de sobrevivência mais extremo, alternando paranoia e espetáculo público enquanto tenta escapar de uma possível investida dos EUA. A proteção cubana, as mudanças constantes de rotina e o clima de tensão interna mostram que o cerco está cada vez mais apertado.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que Maduro está trocando de casas e celulares?
Para dificultar o rastreamento e evitar um ataque surpresa de forças americanas.
Cuba realmente participa da segurança de Maduro?
Sim. Guarda-costas e agentes de contraespionagem cubanos atuam diretamente em sua proteção.
Os EUA planejam uma operação militar na Venezuela?
O governo americano aumentou sua presença no Caribe, e parte dos analistas vê intenção de mudança de regime.
Maduro já negociou uma saída do poder?
Houve conversas preliminares com enviados de Trump, mas nenhum acordo foi fechado.
Qual é o maior problema político de Maduro hoje?
A profunda crise de legitimidade após ignorar sua derrota nas eleições presidenciais.
Por que Maduro ainda consegue se manter no poder?
Por causa do controle institucional, apoio de parte dos militares e repressão sistemática à oposição.









