Mesmo sem passaporte carimbado, o brasileiro sente no bolso as oscilações da moeda americana. Entenda por quê!
Você já percebeu que, quando o dólar sobe, até o pãozinho da padaria pode ficar mais caro? Isso acontece porque a economia brasileira é altamente dependente do dólar — não apenas em importações diretas, mas em vários setores da cadeia produtiva.
O Brasil importa combustível, fertilizantes, eletrônicos, componentes industriais e até alimentos. Quando o dólar encarece, os custos dessas importações sobem e, com isso, os preços dos produtos finais também aumentam para o consumidor.
Outro ponto importante é o petróleo. Embora o Brasil produza boa parte do que consome, o valor do barril é cotado internacionalmente em dólar. Com isso, uma alta na moeda americana pode pressionar o preço dos combustíveis e, em cascata, impactar o transporte de mercadorias e o custo de vida geral.
Até produtos nacionais sofrem influência. O trigo, por exemplo, tem cotação internacional. Se exportar se torna mais lucrativo, sobra menos para o mercado interno — e os preços sobem. Isso vale também para carnes, soja e café.
Além disso, muitas empresas que emitem dívidas ou fazem contratos em dólar acabam repassando os custos à população. Isso se reflete, por exemplo, no preço de serviços, aluguéis de galpões logísticos, passagens e até mensalidades escolares.
Saber como o dólar interfere no nosso dia a dia é essencial para entender a inflação, tomar decisões de consumo e até ajustar investimentos em momentos de instabilidade econômica.