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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Como o preço da energia influencia toda a economia — muito além da conta de luz

Alta nos custos energéticos afeta desde a inflação até o desempenho de empresas e o poder de compra das famílias.

Quando a conta de luz sobe, o impacto imediato no bolso é evidente. Mas os efeitos do aumento no preço da energia vão muito além do que chega à sua fatura mensal. A energia elétrica é insumo básico para praticamente toda a cadeia produtiva — e qualquer variação no seu custo tem repercussões profundas na economia como um todo.

Segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia representa em média 30% dos custos operacionais da indústria brasileira. Isso significa que um reajuste significativo nas tarifas tende a ser repassado aos preços finais de produtos e serviços. Resultado: inflação pressionada, especialmente em setores como alimentos, transporte e construção civil.

Além disso, o setor de serviços — que já representa mais de 70% do PIB nacional, segundo dados do IBGE — também é diretamente afetado. Escritórios, supermercados, hospitais, shoppings e empresas de tecnologia enfrentam aumento de custos operacionais, o que pode levar à redução de margens de lucro ou repasse ao consumidor final.

De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), períodos de bandeira vermelha ou crises hídricas causam impacto direto no crescimento econômico. Em 2021, por exemplo, estima-se que o custo da energia elétrica tenha subtraído até 0,4 ponto percentual do PIB brasileiro, pela perda de competitividade das empresas e pela retração do consumo.

O aumento da energia também encarece o transporte de mercadorias — em especial, com a elevação do diesel — e, consequentemente, eleva os preços logísticos. Isso cria um efeito cascata que afeta a inflação como um todo, exigindo respostas do Banco Central por meio da política de juros, o que pode desacelerar o crédito e a atividade econômica.

Para o consumidor, o impacto aparece em diversas frentes: produtos mais caros, menos poder de compra, redução de investimentos por parte das empresas e, em alguns casos, desemprego. A energia, portanto, funciona como um “termômetro silencioso” da saúde econômica — e monitorá-la é essencial para entender os rumos do país.

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