Receber o 13º salário pode parecer um alívio imediato — mas, sem planejamento, ele também pode virar dor de cabeça. Segundo a matéria da VOCÊ S/A, o ideal é tratar esse dinheiro extra como uma ferramenta estratégica, e não como um “bônus para gastar à toa”.

Se você usar esse dinheiro com consciência, o 13º pode virar um aliado de longo prazo — ajudando a limpar dívidas, montar reservas e preparar o orçamento do ano seguinte. Do contrário, ele pode desaparecer em festas ou compras impulsivas e deixar você no sufoco logo no começo do ano.

Por que pensar bem antes de gastar o 13º?

Esse benefício existe desde 1962, de acordo com a legislação trabalhista brasileira.

Mas ao chegar, ele costuma elevar a expectativa de consumo — e muitos acabam gastando sem enxergar as consequências. Por isso, antes de gastar, vale parar e responder: o que realmente preciso?

Se você usar esse dinheiro com consciência, ele ajuda a quitar dívidas complicadas, montar uma reserva de emergência e planejar os gastos do ano que vem.

Do contrário, o valor extra some rápido — e o início do próximo ano vem pesado.

Como usar o 13º de forma inteligente?

1. Diagnostique sua situação financeira

Antes de decidir o destino do valor, liste dívidas, despesas fixas e necessidades reais da sua casa. Isso ajuda a ter clareza sobre onde a grana será mais útil.

2. Priorize quitar dívidas caras

Dívidas com juros altos — cartão de crédito, cheque especial — são as que mais corroem o orçamento mensal. Se usar parte do 13º para liquidá-las, você gera economia imediata e alívio financeiro.

Além disso, renegociar dívidas pode render descontos ou melhores condições.

3. Monte ou fortaleça sua reserva de emergência

Guardar uma parte do valor em uma reserva dá segurança para imprevistos. Assim, você evita “sobrevivências” com cheque especial ou empréstimos — e consegue começar o ano com tranquilidade.

4. Planeje os gastos do próximo ano

Logo no início do ano surgem despesas como IPVA, matrícula escolar, IPTU, material escolar — e muitas vezes pegam de surpresa. Reservar parte do 13º para esses compromissos evita apertos e a necessidade de recorrer a crédito parcelado.

5. Invista parte do valor pensando no futuro

Se suas dívidas estiverem controladas e tiver reserva, considere investir. Mesmo conservador — um CDB, fundo ou título de renda fixa — pode fazer seu dinheiro render mais que a poupança.

6. Reserve com moderação para lazer ou realizações pessoais

É saudável reservar uma parte para festas de fim de ano, presentes ou lazer. Mas evite gastar tudo de uma vez — procure definir um valor máximo e priorizar o que realmente vale a pena.

Exemplo de planejamento: como distribuir o 13º

Uma abordagem equilibrada que muitos especialistas recomendam poderia seguir essa lógica:

• 40 – 50% para quitar dívidas de juros altos ou pagar contas urgentes
• 20 – 30% para construir ou reforçar uma reserva de emergência
• 10 – 20% para planejar gastos do início do ano (IPVA, escola, IPTU, etc.)
• 10 – 20% para lazer consciente, pequenos projetos ou investimentos

Claro que esses percentuais variam conforme sua realidade — o importante é decidir com clareza antes de gastar. Essa regra de distribuição é sugerida por consultorias financeiras.

Tenha em mente: 13º salário não é bicho de sete cabeças

Mas pode virar problema se usado de forma impulsiva. Com planejamento e prioridades definidas, o 13º deixa de ser “um extra” e passa a ser “um impulso” para organizar sua vida financeira.

Quer saber como aplicar parte do dinheiro com segurança — por exemplo, em CDB ou Tesouro Direto? Posso montar um mini-guia de investimentos acessíveis pra você.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que fazer primeiro com o décimo terceiro salário?

O ideal é analisar sua situação financeira e priorizar dívidas com juros altos.

É recomendado investir o 13º salário?

Sim — especialmente se suas dívidas estão controladas e você já possui uma reserva de emergência.

Posso usar parte do 13º para lazer?

Sim, desde que seja um valor planejado e não comprometa seu orçamento de janeiro.

O 13º pode ajudar a evitar dívidas no começo do ano?

Sim — reservar parte para IPVA, IPTU e matrícula escolar reduz risco de endividamento.

Quais dívidas devo pagar primeiro com o 13º?

Cartão de crédito e cheque especial — porque são as modalidades com juros mais altos.

Quanto devo guardar do 13º para a reserva?

Muitos especialistas recomendam entre 20% e 30%, dependendo do seu orçamento.