Um novo estudo da Loft, realizado em parceria com a Offerwise, revelou um dado surpreendente: mesmo com a verticalização acelerada das grandes cidades, 70% dos brasileiros que vivem de aluguel querem se mudar para uma casa nos próximos meses. O motivo? O custo total da moradia — especialmente o condomínio — está influenciando diretamente essa escolha.
Enquanto a busca por praticidade e segurança costuma favorecer os apartamentos, o preço está falando mais alto. E os números mostram isso com clareza.
Por que a maioria dos inquilinos prefere morar em casa?
Segundo a pesquisa, apenas 36% dos inquilinos consideram a possibilidade de alugar um apartamento. E para quitinetes, esse número cai para apenas 8%.
Mesmo em regiões urbanas mais populosas do Sul e Sudeste, a preferência continua forte: 69% dos entrevistados pretendem se mudar para uma casa, enquanto 45% consideram um apartamento.
A percepção geral é que a casa oferece mais espaço, privacidade e, principalmente, menos custos mensais — um ponto crítico num momento de orçamentos apertados.
Como a classe social influencia essa escolha?
A preferência por casas aumenta conforme diminui a renda, mas mesmo nas classes mais altas, a casa continua sendo uma opção forte.
- Classes A e B:
- 50% preferem apartamentos;
- Mas 65% ainda manifestam interesse em morar em casas;
- Apenas 5% consideram uma quitinete.
- Classe C:
- 72% preferem casas;
- 35% escolheriam apartamentos;
- 9% optariam por quitinetes.
- Classe D/E:
- 75% preferem casas;
- 17% considerariam apartamentos;
- 11% cogitam quitinete.
O padrão é claro: quanto menor a renda, maior o peso do custo mensal na escolha — e maior a preferência por casas.
Quanto pesa o condomínio na decisão do brasileiro?
Aqui está o fator decisivo. De acordo com o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, o custo total de uma moradia em apartamento é significativamente maior:
- Moradores de casas pagam, em média, R$ 1.336,73 por mês;
- Inquilinos de apartamentos desembolsam cerca de R$ 1.928,57;
- Ou seja, quase R$ 600 a mais por mês — e boa parte dessa diferença está no condomínio.
O valor médio da taxa de condomínio no Brasil atingiu R$ 691,75 em outubro. Nas principais capitais do Sul e Sudeste, esse valor supera facilmente R$ 1.000, tornando o apartamento um custo proibitivo para muitos.
A idade também influencia a preferência por moradia?
Sim. A pesquisa mostra que inquilinos com mais de 45 anos tendem a preferir apartamentos. Cerca de 51% desse grupo valorizam as comodidades, segurança e serviços oferecidos por prédios — diferenciais que para muitos justificam os custos mais altos.
Já os mais jovens, especialmente os que estão em processo de estabilização financeira, tendem a priorizar casas pelo custo-benefício.
O que a pesquisa revela sobre o futuro da moradia no Brasil?
A pesquisa “Raio-X do Aluguel no Brasil”, feita com 1,3 mil inquilinos, sugere que a demanda por casas deve crescer, pressionando o mercado imobiliário a ampliar oferta de residências horizontais — mesmo em grandes capitais tradicionais pela verticalização.
Enquanto isso, apartamentos podem enfrentar um momento de reavaliação, especialmente se os condomínios seguirem com altas constantes.
Para continuar acompanhando tudo o que impacta o mercado imobiliário e o bolso dos brasileiros, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que tantos brasileiros preferem casa em vez de apartamento?
Principalmente por causa do custo total menor, já que casas não têm condomínio caro e oferecem mais espaço por um preço melhor.
Qual é o valor médio do condomínio no Brasil?
A média nacional é de R$ 691,75, mas nas capitais do Sul e Sudeste pode ultrapassar R$ 1.000.
Casas são realmente mais baratas?
Em média, sim. Inquilinos de casas pagam cerca de R$ 1.336, contra quase R$ 1.929 dos moradores de apartamentos.
Classe social influencia a preferência de moradia?
Sim. Quanto menor a renda, maior a preferência por casas devido ao custo mais baixo.
Pessoas mais velhas preferem apartamento?
Sim. Entre os maiores de 45 anos, 51% preferem prédios por causa da segurança e das comodidades.
A procura por casas deve aumentar?
Sim. Os dados da pesquisa indicam que casas devem seguir sendo a escolha número um dos inquilinos brasileiros.








